A verdade que parte o coração: 5 raças de cães que veterinários não recomendam adotar

Escolher um cachorro para adoção requer mais que empatia, envolve responsabilidade e informação para garantir saúde e bem-estar.



Adotar um cachorro é um ato de amor, mas também requer responsabilidade e informação. Apesar da aparência irresistível de algumas raças, veterinários alertam para doenças crônicas e predisposições genéticas que podem comprometer a qualidade de vida dos cães e exigir cuidados veterinários constantes.

A médica veterinária Rachel Siu, que ganhou notoriedade no TikTok, listou cinco raças de cães que ela não recomenda adotar devido à alta frequência de problemas de saúde graves. A especialista reforça:

“Por mais que sejam fofos, o sofrimento e os custos com tratamentos são altos e contínuos.”

5 raças de cães com predisposição a doenças crônicas

Confira abaixo a lista e entenda os motivos para repensar a adoção dessas raças:

1. Boxer: predisposição a cânceres e doenças cardíacas

Foto: iStock

Os Boxers são conhecidos por sua energia e temperamento brincalhão, mas a saúde deles preocupa. Segundo a veterinária, a raça apresenta alta incidência de câncer, especialmente tumores de mastócitos, linfomas e hemangiossarcomas.

Além disso, o Boxer é suscetível a doenças cardíacas e neurológicas, incluindo problemas na medula espinhal e no trato digestivo.

“Infelizmente, é uma raça com grandes riscos à saúde”, explica Rachel.

2. Shar-Pei: pele dobrada, infecções e febre crônica

Foto: iStock

O icônico Shar-Pei, famoso pelas dobrinhas na pele, enfrenta diversos desafios médicos. De acordo com a especialista, a pele enrugada favorece o surgimento de úlceras, infecções de pele e problemas oculares — como o entrópio, em que as pálpebras se voltam para dentro dos olhos.

Outro alerta: cerca de 20% desenvolvem hipertireoidismo, e muitos são diagnosticados com a chamada “febre Shar-Pei”, uma condição inflamatória dolorosa e recorrente.

3. Cavalier King Charles Spaniel

Foto: Shutterstock

Apesar da aparência delicada e do temperamento amoroso, o Cavalier King Charles Spaniel tem sérios problemas de saúde. Rachel destaca que 50% desses cães desenvolvem doenças cardíacas ainda jovens, especialmente a doença da válvula mitral.

Além disso, a raça apresenta uma taxa preocupante de malformações neurológicas, com 70% dos exemplares sofrendo com a Síndrome de Chiari-like Malformation, condição dolorosa que pode levar à morte precoce.

4. Pug: dificuldades respiratórias e dentárias severas

Foto: Shutterstock

Ícone entre as raças braquicefálicas, o Pug é carismático, mas sofre com sérias limitações físicas. O focinho achatado prejudica a respiração e a regulação da temperatura, tornando comuns casos de insolação e fadiga até mesmo após breves caminhadas.

Rachel também aponta riscos de problemas dentários e oculares, além de infecções nas dobras faciais.

“É uma raça fofa, mas de altíssimo risco médico”, alerta.

5. São-Bernardo: complicações nas glândulas salivares e estrutura corporal

Foto: iStock

Embora robusto, o imponente São-Bernardo enfrenta problemas de salivação excessiva, que podem evoluir para inflamações e infecções nas glândulas salivares.

Além disso, o peso e o porte avantajado favorecem o surgimento de doenças articulares e problemas de mobilidade.

“Não apoio a criação dessas características físicas apenas pela estética”, afirma Rachel.

Para ela, o bem-estar do animal deve estar acima da aparência.

Saúde e bem-estar vêm antes da aparência

A escolha de um animal de estimação vai muito além da aparência. Antes de adotar, é essencial conhecer o histórico da raça e buscar informações confiáveis com veterinários. A prioridade deve ser sempre oferecer ao pet uma vida longa, confortável e saudável.

Se você busca um cão com menos predisposição a doenças genéticas, considere raças mais rústicas ou até mesmo a adoção responsável de cães sem raça definida, que costumam apresentar maior resistência física e diversidade genética.




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