Desde junho, os Estados Unidos (EUA) implementaram uma nova política de análise de redes sociais para pessoas que desejam obter qualquer tipo de visto, incluindo o de turismo.
Essa mudança despertou preocupações sobre a privacidade e o controle excessivo do comportamento online dos solicitantes.
Especialistas detalham que a análise das redes sociais ocorre antes mesmo das entrevistas consulares. Solicitantes podem ser surpreendidos com questionamentos sobre postagens antigas, ampliando o controle governamental sobre intenções pessoais.
Ampla checagem de redes sociais
A verificação não se limita a plataformas populares como Facebook e Instagram. Aplicativos como TikTok e até mesmo WhatsApp são analisados. Conteúdos como memes ou declarações pessoais podem ser usados como evidência de intenções inadequadas.
A medida abrange todos os vistos, incluindo de turismo, estudo, trabalho e o green card. A decisão de aprovação é extremamente subjetiva, dependendo da interpretação de cada agente consular.
Esse mesmo agente possui autonomia total para negar um visto com base em uma postagem.
As redes sociais passaram a fazer parte das análises para a obtenção de vistos (Foto: Shutterstock)
Há ainda a possibilidade de decisões discriminatórias baseadas em ideologia, raça ou política. Além disso, perfis privados não garantem proteção, pois o governo americano pode acessar conteúdos apagados ou restritos.
Além disso, advogados sugerem que tecnologias de inteligência artificial possam estar sendo utilizadas para a triagem, mas a decisão final permanece nas mãos dos agentes, que conduzem centenas de entrevistas em apenas algumas horas.
Impactos econômicos e possíveis mudanças
Os efeitos dessa política podem refletir negativamente na economia americana, especialmente em universidades que dependem de estudantes internacionais.
Especialistas preveem que a pressão por revisões aumentará, assim como ocorreu no primeiro mandato de Donald Trump.
Neste caso, o mais aconselhável é que os solicitantes não exponham seus planos em redes sociais e busquem apoio profissional.
Afinal, qualquer informação disponível na internet pode ser utilizada nos processos de concessão de vistos.
