Com o avanço da tecnologia, a leitura digital tem se tornado cada vez mais comum. No entanto, um estudo recente da Universidade de Valência sugere que os livros impressos ainda são superiores quando o objetivo é a compreensão do conteúdo.
A pesquisa analisou dados coletados em outros estudos ao longo de 22 anos, envolvendo cerca de 470.000 participantes.
Os pesquisadores examinaram a eficácia da leitura em suportes físicos e digitais. Eles descobriram que a leitura recreativa em papel aumenta significativamente a compreensão, melhorando-a em até oito vezes em comparação com a leitura em telas.
A descoberta reforça a ideia de que os livros impressos são mais eficazes na facilitação da aprendizagem.
Análise dos métodos de leitura
Os cientistas revisitaram diversos estudos desde 2000, constatando que a leitura em papel não só otimiza o tempo como também intensifica o entendimento.
Segundo o relatório, publicado na Review of Educational Research, alunos do ensino fundamental e médio devem priorizar o uso de livros físicos.
Comparação entre formatos
Os resultados indicaram que 10 horas de leitura em papel podem aumentar a compreensão de seis a oito vezes, em comparação com o mesmo tempo lendo em dispositivos digitais.
A experiência do grupo de pesquisa ERI sublinha que a leitura digital, mesmo para fins informativos, não está significativamente associada à compreensão de texto.
Impacto emocional e cerebral
Um estudo complementar da Universidade de Málaga também explorou as reações emocionais à leitura em diferentes formatos.
Usando dispositivos de medição cerebral, os pesquisadores verificaram que os livros impressos estimulam mais as regiões do cérebro ligadas à atenção e à emoção, enquanto os e-books podem gerar estresse e menos prazer.
Os resultados desses estudos sugerem que os livros impressos não só favorecem a compreensão, mas também promovem um engajamento mais profundo e positivo.
Tanto educadores quanto estudantes podem se beneficiar ao priorizar este formato no contexto educacional.