O Malthusianismo, ou a Teoria Malthusiana, diz que, a longo prazo, haverá pobreza em larga escala, já que em decorrência do grande crescimento da população a oferta de alimentos não irá conseguir manter o ritmo.
Quem desenvolveu esta ideia foi inglês Thomas Malthus, no século XVIII. O economista e clérigo divulgou o livro conhecido como “Ensaio sobre o princípio da população“. O autor explica que a população cresce de uma maneira geométrica. Já a produção e a oferta de alimentos tinha um crescimento inferior, apenas por uma progressão aritmética.
Dessa forma, a hipótese malthusiana defendia que a produção de alimentos pode se tornar insustentável em decorrência do crescimento populacional. Para o economista, os trabalhadores adicionais não produziam as quantidades extras necessárias.
Naquela época, para Thomas Malthus era necessário que as pessoas mais humildes fizessem um controle de natalidade. Dessa forma, um possível “caos demográfico” poderia ser evitado.
No entanto, o que ele não podia prever era que a tecnologia iria evoluir tanto que a produção de alimentos passou a ser bem superior.
O Neomalthusianismo e outras teorias demográficas
A Teoria Malthusiana surgiu no século XVIII, em um contexto um pouco anterior à Revolução Industrial, em que as pessoas estavam migrando do campo para a cidade.
Dessa forma, pouco tempo depois de ser divulgada, autor da teoria já presenciou a Revolução. Esta, por sua vez, proporcionou uma maior produtividade na agricultura ao inserir seu desenvolvimento tecnológico. Assim sendo, a hipótese malthusiana foi descartada.
No entanto, mesmo assim, posteriormente outras teorias seguindo a mesma ideia foram surgindo. Ainda mais que, no século XX, o Neomalthusianismo retornou com a denominação de Neomalthusianismo.
Teoria Neomalthusiana
Os Neomalthusianos trouxeram a teoria de Malthus de volta e ela trazia uma outra percepção. Para os defensores da ideia, havia um maior crescimento populacional em países subdesenvolvidos. Já que nestes locais, as pessoas tinham uma maior acesso aos cuidados para a saúde.
Dessa forma, para o teóricos do Neomalthusianismo, o governo teria mais gastos com a população, já que esta demandaria maiores recursos. Assim sendo, poderia haver uma distribuição menor em áreas em que poderia ter um crescimento econômico.
Teoria Populacional Reformista
A Teoria Populacional Reformista diz que a pobreza causada pelo capitalismo é o motivo da superpopulação. Assim eles vão contra a ideia dos neomalthusianos, os quais defendiam que a causa eram as condições econômicas. Portanto, é conhecida também como Teoria Antimalthusiana.
Dessa forma, as pessoas que defendem esta teoria são a favor de programas socioeconômicos que melhorem o padrão de vida das pessoas mais pobres. os reformistas são, em sua maioria, defensores de Karl Marx e do socialismo.
Teria da Transição Demográfica
Em 1920, foi criada a Teoria da Transição Demográfica, a qual discorda das teorias anteriores sobre o aumento acelerado da população.
Neste caso, esta teoria faz uma relação da mudança que as pessoas fizeram do campo para a cidade. Local em que a população poderia encontrar condições melhores e aumentar a expectativa de vida.
A ideia defende ainda que, mesmo com a redução da taxas de mortalidade. as taxas de natalidade também seriam reduzidas, pois as pessoas iriam conceber menos filhos. A teoria defende o processo que é dividido em três fases:
Fase 1: Pré-transição
Nesta fase, a maioria das pessoas se encontram no campo e o país tem, em sua população, altos índices de natalidade e de mortalidade.
Dessa forma, há uma produção de alimentos acelerada, em decorrência da natalidade alta. No entanto, há muitas mortes, em decorrência do saneamento b´sico e dos cuidado com a saúde serem escassos.
Fase 2: Início da transição
Fase em que parte das pessoas se deslocam para a cidade. Dessa forma, o saneamento básico melhora e as taxas de mortalidade são reduzidas. Entretanto, as taxas de natalidade ainda estão muito elevadas e isso causa um aumento imenso da população.
Fase 3: Final de transição
Nesta fase, a maioria da população já se mudou para a cidade. Onde encontrou melhores condições socioeconômicas e maiores cuidados com a saúde.
Além disso, as taxas de natalidade começaram a declinar e, consequentemente, o nível da população volta a diminuir.
Fase 4: Pós-transição
A quarta fase foi incluída em um modelo mais moderno da teoria. Nela, as taxas de natalidade e mortalidade se encontram baixas e equivalentes.
Ademais, ainda pode existir uma fase posterior, em que as taxas de natalidade passam a ficar abaixo das taxas de mortalidade. Isso porque grande parte da população está optando por reduzir o número de filhos.