Após a reunião de política monetária, o Banco do Japão (BoJ) optou por ampliar sua estratégia de estímulos, adotando uma política incomum de taxa de juros negativa. O objetivo é reduzir os custos de empréstimo por um longo período, estimulando assim a inflação.
O Banco cortou a taxa de juros que paga sobre recursos financeiros que bancos comerciais deixam depositados no BC japonês, além dos compulsórios exigidos, para -0,1%, de 0,1% anteriormente.
Em comunicado, o BoJ declarou que: “para evitar a manifestação de risco (de baixa) e manter o ímpeto para atingir a meta de estabilidade de preços de 2%, o banco decidiu introduzir, a política de taxa de juros negativa”.
O BoJ afirmou também que, caso seja necessário, poderá reduzir ainda mais a taxa. Na votação, cinco dirigentes do BoJ foram a favor da inovação e quatro não concordaram.
O cenário japonês mostra, além da baixa inflação, uma recente turbulência nos mercados financeiros globais, que prejudica o plano de recuperação econômica de Shinzo Abe, primeiro-ministro japonês. Entretanto, o Banco manteve sem alterações o volume anual de seu programa de compras de ativos em 80 trilhões de ienes (US$ 673 bilhões).
Em relatório trimestral sobre preços e crescimento, o BoJ também postergou para abril de 2017 a previsão de efetivação da meta inflacionária de 2%. Esta mudança na previsão (a terceira em menos de um ano) ocorreu devido ao declínio nos preços de energia.
