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Polícia investiga suspeita de fraude no Concurso TJ-PE

Polícia Civil da Paraíba apurou a participação de integrantes de grupo especializado em fraudes no certame que teve provas aplicadas no dia 15/10.



Mais uma suspeita de fraude em concursos públicos brasileiros! A Polícia Civil da Paraíba (PC-PB) apura a participação de um grupo sediado em João Pessoa especializado em operações fraudulentas no Concurso TJ-PE 2017. Investigações iniciais apontaram que três membros da quadrilha estavam inscritos no certame e, no último sábado (21), agentes da Delegacia de Defraudações e Falsificações (DDF) encontraram conversas de WhatsApp que mencionavam o processo por outros envolvidos.

As mensagens de áudio e texto foram trocadas por Flávio Nascimento Borges (líder da quadrilha), Thiago Leão (guarda municipal do Recife) e Dárcio Carvalho (professor especializado em Direito, Redação e Língua Portuguesa). As provas do concurso foram aplicadas no dia 15/10 e, segundo apurações da Polícia, foram constatadas as inscrições Thiago e mais dois integrantes – Jamerson Hesídio e Poliane Alencar.

No entanto, o Instituto Brasileiro de Formação e Capacitação (IBFC), banca organizadora do certame, não concedeu autorização para que a PC adentrasse nos locais de prova para a realização da revista que permitiria a detecção de possível uso de pontos eletrônicos. Os três envolvidos acabaram presos devido a ações fraudulentas em outros concursos públicos, porém, foram liberados mediante a apresentação de habeas corpus e aguardam o fim das investigações em liberdade.

O grupo pode ter atuado em outros quatro concursos pernambucanos, sendo eles da Universidade Federal do Pernambuco (UFPE), Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE), TJPE e Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE). Como procedimentos, a organização contratava professores atuantes nas áreas especializadas do concurso para que resolvessem as provas, enviando as respostas através de imagens.

Com isso, as informações eram transmitidas através de ponto eletrônico para os candidatos que contratassem a quadrilha liderada por Flávio. Para se beneficiar do golpe, o participante deveria pagar valores que chegavam a dez vezes o correspondente à remuneração inicial, podendo parcelar em entrada e saldo pago após a nomeação. O esquema era forte e conseguia a aprovação de candidatos em excelentes colocações.

As investigações que apuram a fraude no Concurso TJ-PE fazem parte da Operação Gabarito, deflagrada em maio deste ano. Até hoje, a operação investigou 70 pessoas, efetuando a prisão de 34 acusados. Destes, alguns devem receber sentença já nos próximos dias.




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