O Diretor-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Renato Antônio Dias, alerta para um provável colapso da corporação caso o concurso solicitado não seja realizado. Em entrevista concedida no início do mês, Borges Dias afirma que a carência atual de 2.800 policiais pode alcançar os 4.800 no próximo ano em decorrência das 2.053 aposentadorias previstas.
Caso o certame para reposição desse efetivo não seja realizado, as consequências serão graves, indo do comprometimento da prestação de serviços e atividades operacionais, até o fechamento de 124 postos espalhados pelo Brasil. Com isso, aproximadamente 400 cidades brasileiras ficarão com 18 mil quilômetros de rodovias sem policiamento.
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A corporação já pediu intervenção do Congresso Nacional na pressão para atender reivindicações da categoria, o que inclui o novo certame já solicitado ao Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão (MPDG). A urgência é tanta que uma minuta de edital já foi elaborada no ano passado para que o concurso seja lançado após a autorização.
No documento enviado ao MPDG consta o pedido de 2.778 oportunidades que seriam preenchidas por meio da formação de quatro turmas, já em 2018. A justificativa para o alto quantitativo é a aposentadoria de servidores ativos desde a realização do último certame, deixando um déficit de 3.000 policiais.
Além do pedido do próximo certame, o documento também pede a autorização de novo concurso sempre que a vacância de postos da PRF ultrapasse 5% dos cargos podendo, ainda, ser liberado com menor número, desde que seja apresentados necessidade e critério pelo Ministério da Justiça.
Para concorrer ao cargo de policial rodoviário federal, o candidato deverá ter ensino superior completo e CNH categoria “B” e, aprovado, cumprirá carga horária de 40h semanais.