A Comissão de Recursos do Itamaraty decidiu pela eliminação de quatro candidatos a cotistas no Concurso do Ministério das Relações Exteriores (MRE) – Concurso Itamaraty. Os inscritos foram eliminados por não atenderem aos requisitos exigidos.
A partir da eliminação, duas vagas poderão ser preenchidas devido às notas obtidas pelos candidatos excluídos do certame. A decisão veio, inclusive, após ação do Ministério Público Federal (MPF), para impedir que cinco aprovados por cotas tomassem posse.
Dos cinco candidatos reavaliados pelo MPF, um não compareceu e outro foi confirmado como pessoa negra. Os demais foram desclassificados. A audiência marcada para hoje foi anulada após a decisão da comissão e extinção do referido processo.
As duas vagas preenchidas obedecerão a sequência de classificação.
Comemoração
A decisão emitida pela Comissão foi comemorada pelo diretor da Educafro, Frei David Santos. Segundo ele, a “meta é a de dar um recado para a sociedade: fraudar as cotas para negros não vale a pena”.
Santos conta que, o próximo passo da comunidade negra, sempre vigilante, é discutir sobre o início de processos criminais por falsidade ideológica. O intuito é fazer com que aqueles que intencionam fraudar concursos públicos e vestibulares entendam que o melhor caminho é a honestidade.
Continuidade do concurso
O Concurso Itamaraty não parou devido ao processo instituído. Dos candidatos aprovados na primeira fase, alguns não prosseguiram para as próximas etapas por não alcançarem a pontuação suficiente.
No fim dessa primeira etapa, os candidatos que se declararam como afrodescendentes foram convocados para confirmarem a autodeclaração. Deles, 21 foram rejeitados, sendo que oito tiveram casos reconsiderados após interposição de recursos.
Uma nova banca avaliadora foi formada a pedido do MPF. Dos candidatos investigados no processo, um continuou no certame por obter nota suficiente para classificação independente das cotas. Dois foram excluídos por pontuação abaixo do necessário, mesmo com a aceitação do benefício.