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Concurso Mirassol d’Oeste: Suspeitas de fraude e prova em grupo

Certame teve provas aplicadas em 22 de abril e foi suspenso por determinação judicial após infindáveis denúncias de irregularidades em sua execução.



As notícias sobre irregularidades em concursos públicos não param e parecem, cada vez mais, absurdas. Em Mirassol d’Oeste, no Mato Grosso, um certame organizado pela Exata Concursos foi suspenso após inúmeras denúncias de irregularidades, incluindo, prova em grupo.

O certame teve provas aplicadas no dia 22 de abril destinado ao provimento de vagas na Prefeitura municipal. Tudo começou com denúncias apuradas pela Polícia Civil estadual logo após a realização dos exames.

Os candidatos registraram ocorrências relacionadas à entrega de envelopes de prova abertos e sem o lacre. Relatos apontaram, também, despreparo na conduta dos fiscais, como permitir que inscritos adentrassem nas salas sem conferir seus documentos.

Na Escola Padre Anchieta, um dos locais de prova, fiscais permaneceram do lado de fora das salas. Assim, candidatos puderam manusear aparelhos celulares, inclusive, com acesso à internet.

Na mesma escola, participantes afirmaram ter realizado as provas em um refeitório, devido ao grande número de inscritos. Por isso, responderam às questões sentados lado a lado, como em grupo. Por fim, foi informado que fiscais chegaram com gabaritos em mãos, sem os lacres, antes mesmo de entregar os exames.

E a coisa toda não para por aí! Uma das candidatas do certame afirmou ter chegado à sala e, ao se apresentar, verificou que os dados de seu documento de identificação estavam incorretos. No entanto, mesmo comunicado, o fiscal orientou que a moça realizasse a prova e, depois, alterasse o documento no site, sem necessidade de registro em ata.

Outro inscrito, ainda, disse ter recebido prova para cargo diferente daquele para o qual se inscreveu. Mas, ainda assim, o caderno não foi trocado! Sim, o fiscal o orientou a responder a prova errada!

Suspensão

De fato, o Ministério Público estadual havia pedido, anteriormente, a suspensão do certame. Entretanto, a solicitação foi negada e as provas foram realizadas.

Segundo o órgão, a Exata não possui aptidão técnica ou estrutura necessária para dar andamento ao concurso. Ademais, a empresa tem ações e investigações correntes em outros municípios.

Com o alto número de denúncias registradas no MP MT, o órgão abriu inquérito, pedindo a suspensão do certame. A Justiça acatou e declarou a suspensão, em caráter liminar. O comunicado foi divulgado nesta segunda-feira (07) e, com isso, ficam proibidas divulgação de resultados, nomeações e posses.

O que diz a banca

Por meio de nota, a Exata declarou prestar todas as informações necessárias e que os fatos relatados foram isolados. A empresa alega, ainda, que os acontecimentos não interferiram na aplicação das provas, além de não indicar a ocorrência de fraudes.

Ademais, a banca afirma que os moradores da cidade que trabalharam na aplicação dos exames não agiram de má fé e, muito menos, não tiveram a intenção de prejudicar os candidatos. Ao contrário, desejam auxiliar no processo de forma a torná-lo mais célere.




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