Bolsonaro entrega ao Congresso projeto que altera aposentadoria de militares

Antes de ser votada pelo plenário da Câmara, proposta deve ser analisada por uma comissão especial. Ao discursar, presidente pediu "celeridade" na votação.



O presidente Jair Bolsonaro entregou nesta quarta-feira, 20, ao Congresso Nacional a proposta de reforma da aposentadoria de militares. O texto foi recebido pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

No gabinete de Maia, Bolsonaro fez um breve discurso pedindo “celeridade” na votação da proposta, sem “atropelo”. De acordo com o parlamentar, será criada uma comissão especial, constituída por deputados, para analisar o projeto antes da votação em plenário.

Em seu discurso, o presidente da Câmara, olhando para Bolsonaro, afirmou que “vamos tratar desses projetos com toda a celeridade e importância”.

Acompanharam o presidente os ministros da Economia, Paulo Guedes, da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o secretário especial da Previdência e Trabalho do Ministério da Economia, Rogério Marinho, entre outros.

No Legislativo, a matéria deverá tramitar de forma paralela à proposta de emenda à Constituição (PEC) que muda as regras do regime geral da Previdência, para população civil. Esta é uma exigência dos parlamentares, para que todos os setores estejam incluídos na reforma.

De acordo com informações da Agência Brasil, durante a manhã, o presidente esteve reunido com ministros e comandantes da Forças Armadas. O objetivo do encontro foi avaliar a versão final do texto entregue ao Congresso.

Nesta terça-feira, o vice-presidente da República, Hamilton Mourão, disse que o governo pretende economizar economizar cerca de R$ 13 bilhões nos próximos 10 anos com a reforma das aposentadorias e pensões dos militares.

O valor estimado inclui a reestruturação das carreiras militares, que será incluída na proposta de reforma previdenciária da categoria. Contudo, sem a reestruturação, a economia prevista podia atingir R$ 92,3 bilhões nos próximos 10 anos.

Propostas

O texto final do projeto foi aprovado na manhã desta quarta, durante a reunião no Palácio da Alvorada. Segundo o G1, ente as mudanças previstas, porém, ainda não oficializadas, estão:

  • taxação de 10,5% nas pensões recebidas por familiares de militares;
  • aumento do tempo para o militar passar para a reserva (de 30 para 35 anos na ativa);
  • a elevação da alíquota previdenciária de 7,5% para 10,5%.

Até o fechamento desta reportagem o governo ainda não tinha feito a apresentação oficial da proposta. De acordo com o Ministério da Economia, haverá uma entrevista coletiva ainda nesta quarta-feira para detalhar a proposta.




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