O Conselho Nacional de Trânsito (Contran) decidiu que o uso de simuladores na formação de motoristas não será mais obrigatório. Segundo o presidente do órgão,o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, com a mudança, o uso do simulador em aulas de autoescola passa a ser opcional.
O fim da obrigatoriedade do simulador foi uma promessa feita pelo presidente Jair Bolsonaro em fevereiro, e a medida começa a entrar em vigor em menos de 90 dias em todo o Brasil.
De acordo com o presidente do Contran, a retirada dos simuladores vai reduzir a burocracia e baixar, em até 15%, o custo para tirar a carteira de habilitação.
Ainda, com o fim da obrigatoriedade, a quantidade de horas-aula que o novo motorista será de 20 horas, não de 25 como era antes, no qual essas 5 horas a mais eram feitas no simulador.
Além disso, segundo o secretário-executivo também do Contran, Jerry Dias, o condutor que optar por usar o simulador agora poderá fazer até 5 horas-aula no equipamento, sendo obrigado a fazer pelo menos 15 horas de aula prática no veículo.“São 15 horas obrigatórias no veículo. Ele pode fazer 20 horas no veículo ou, no mínimo, 15 horas no veículo, complementando com 5 horas no simulador”, disse.
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Aulas no simulador são eficazes?
De acordo com Tarcísio de Freitas, o simulador não tem eficácia comprovada, o presidente do Contran afirma que “ninguém conseguiu comprovar que (o equipamento) é importante para o condutor. Nos países ao redor do mundo não é obrigatório, mesmo em países com excelentes níveis de segurança no trânsito”.
O secretário-executivo do ministério, Marcelo Sampaio, ainda acrescenta que sem a exigência muitas auto-escolas que saíram do mercado devem voltar a dar aulas o que contribui para baixar os custos para tirar a CNH.
Outras mudanças para motoristas
Além de acabar com a exigência de simulador para carteira de motorista, o secretário-executivo do Contran, Jerry Dias, afirmou que o conselho está finalizando ajustes na implantação da placa Mercosul e que a obrigatoriedade dela deve ser adiada para o fim ano. O prazo inicial para adoção da placa em todo o país nos veículos novos era 30 de junho de 2019.
Segundo Dias, o Contran deve retirar algumas obrigatoriedades que geravam custo para o emplacamento, o que deixará a nova placa com o preço similar a atual. No entanto, essas alterações ainda serão analisadas pelo Contran.
Desde que assumiu o cargo, o presidente Jair Bolsonaro tem anunciado uma série de mudanças na legislação de trânsito. No início de junho, o presidente foi ao Congresso Nacional entregar um Projeto de Lei que altera o Código de Trânsito Brasileiro.
Entre as mudanças propostas pelo presidente estão:
- Fim da multa para motoristas que transportarem crianças fora da cadeirinha,
- Aumento no limite, de 20 para 40, de pontos para que o motorista perca o direito de dirigir;
- Aumento no prazo de validade da carteira de motorista de 5 para 10 anos.
