Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados (DEM-RJ), declarou em recente entrevista que a Caixa Econômica Federal “roubou” do trabalhador brasileiro a quantia de R$ 7 bilhões referente às taxas administrativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Em entrevista gravada para para programa Poder em Foco do SBT, exibida no dia 14 de outubro, Maia repreendeu o valor cobrado pela estatal para administrar o FGTS e apontou que, no caso da taxa não sofrer redução, é preciso que o governo também dê espaço para outras instituições cuidarem da administração desse dinheiro.
Ainda, segundo o deputado, é incompreensível o uso do rendimento do fundo pelo governo para financiamento e subsídio de programas sociais, como por exemplo o “Minha Casa Minha Vida”.
Em um determinado momento do seu discurso, Maia disse: “Não é justo que o dinheiro do trabalhador, que é sócio deste fundo imenso que é o FGTS, seja usado como subsídio para construir a casa de outra pessoa”. E continuou: “Para o trabalhador, o FGTS pode ser a única poupança que ele tem”.
Reforma do Estado e aumento do salário mínimo
Sobre o salário mínimo, Maia afirmou que só é possível haver um aumento considerável do valor pago atualmente, ou seja, acima da inflação, quando acontecer uma “reforma do Estado”
Em defesa da agenda reformista do governo, o presidente da Câmara acredita que será possível diminuir os gastos públicos desnecessários, além de conseguir investimentos privados, recuperando a geração de empregos no país. Segundo ele, “Nosso foco tem que ser a redução do custo do Estado”.
“Não adianta aumentar a dívida pública para criar emprego, temos que mostrar aos investidores que somos um país que garante segurança jurídica”, reforçou Maia.
O deputado acredita que, em um curto prazo, os projetos que buscam alterações na lei do saneamento e nas legislações de parcerias público-privadas e de concessões públicas são cruciais para angariar recursos para investimentos nas mais diversas áreas e aumentar as vagas de emprego pelo país.
Ainda durante a transmissão, Maia defendeu ainda a reforma administrativa e sua proposta de alteração das regras de estabilidade de cargo e salarial de funcionários públicos. Em crítica ao salários exorbitantes da chamada “cúpula” dos três Poderes, o deputado repreendeu o fato de alguns servidores já início da carreira, receberem valores próximos ao teto salarial.
“O servidor não pode passar no concurso e em cinco anos estar ganhando o teto salarial” disse. Em relação à estabilidade, Maia aponta para um novo formato, em que haja metas de desempenho: “A estabilidade vai ter regras, não é uma estabilidade completa”.
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