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Medida anula alterações que simplificam processo de emissão da CNH

Dentre as mudanças, novo modelo de CNH pode não contar mais com sistema biométrico e QR Code para identificação. Segundo autor da anulação, novas regras pesariam no bolso de famílias de baixa renda.



As novas determinações do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), que tinham como objetivo a simplificação no processo de emissão da Carteira Nacional de Habilitação (CNH), foram suspensas por medida da Comissão de Viação e Transporte da Câmara dos Deputados.

Dentre as normas da Resolução 718/17 do Contran, que foram anuladas, está a exigência de fazer exames médicos a cada cinco anos, mas com direito a isenção do pagamento das taxas, também não seria necessário apresentar documentação e tirar nova foto no Detran para validar a CNH.

Além disso, o novo modelo que contaria com recursos antifraude e teria um microchip e um QR Code com os dados cadastrais, que poderiam ser lidos por aplicativos de celular, também por enquanto não entrará em vigor.

Da mesma forma, a nova CNH não irá permitir, por ora, o pagamento de pedágios e de transportes públicos, nem como a identificação biométrica que possibilitaria a que a identidade do usuário fosse validada em diversos serviços.

Antes da medida que anula as novidades de uso da CNH, a norma do Contran determinava que as modificações deveriam ser providenciadas pelos órgãos de trânsito até 31 de dezembro de 2022.

Importante ressaltar que para se tornar lei, a medida de suspensão das novas regras para tirar a CNH deve ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania, e, em seguida, pelo Plenário da Câmara dos Deputados.

Porque a resolução foi suspensa

O deputado Ubiratan Sanderson (PSL-RS) foi o relator da proposta que suspendeu a resolução do Contran, segundo ele a medida foi tomada porque para a fabricação da nova CNH, o custo para o estado seria maior que o atual.

De acordo com o deputado, esse acréscimo seria passado aos condutores, o que consequentemente pesaria mais no orçamento familiar, principalmente para as famílias de baixa renda.

Ainda, o parlamentar ressalta que a medida causa transtornos aos Detrans, “O Brasil é um país de grandes desigualdades, e medidas de âmbito nacional, como essa, geralmente não são adequadas para todos. Certamente os departamentos de trânsito dos estados das regiões Norte e Nordeste terão mais dificuldades operacionais para implantar o novo modelo da CNH do que aqueles das demais regiões”, disse o deputado em entrevista para a Gazeta do Povo.

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