O presidente Jair Bolsonaro negou a possibilidade de reduzir os salários dos servidores públicos, como foi apontado inicialmente. A ideia era de que ações como essas fossem adotadas para combater a crise na economia advinda pela pandemia do novo coronavírus.
De acordo com o ministro da economia, Paulo Guedes, o presidente tem se recusado a falar sobre o tema.
Em contrapartida, Guedes defendeu que seja feito o congelamento do salário dos servidores pelo período de dois anos. Para ele, esta é uma forma de garantir a estabilização da economia.
Corte no salário de servidores públicos
De acordo com O Globo, deputados do Democratas (DEM) apontaram que o eventual corte de salários poderia garantir a economia, sem deflação.
Segundo a equipe econômica do governo, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) voltada para a redução dos salários dos funcionários públicos prevê um corte de 25% da redução de trabalho.
Para Guedes, a crise econômica advinda pela pandemia, deve durar até 4 meses. O Ministério aponta, ainda, que as medidas de combate ao coronavírus devem custar aos cofres públicos cerca de R$ 224 bilhões.
Coronavírus no Brasil
Até a tarde da última segunda-feira, dia 6 de abril, secretarias estaduais registraram, juntas, 11.721 casos confirmados do novo coronavírus (Sars-Cov-2). Segundo dados oficiais, o país já conta com 516 mortes.
De acordo com um boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, Distrito Federal, São Paulo, Ceará, Rio de Janeiro e Amazonas podem registrar uma aceleração descontrolada de contaminação.
No último domingo, dia 5 de abril, o Ministério da Saúde havia atualizado os dados. No dia, o país já contava com 11.130 casos confirmados e 486 mortes.
De acordo com o secretário-executivo do ministério, João Gabbardo, o governo não está mais divulgando o número de casos suspeitos, pois a transmissão do vírus já é comunitária.
“Com transmissão comunitária, qualquer um pode ser um caso suspeito. Qualquer brasileiro que apresente síndrome gripal. Não tem mais nenhum sentido mostrar os casos suspeitos”, afirmou Gabbardo.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde, Wanderson Oliveira, o governo está adquirindo um volume de testes significativo. O intuito é de que na próxima semana, haja 5 milhões de testes rápidos para distribuição em todo o Brasil.
“Vai aumentar muito a velocidade de diagnóstico em todo o Brasil”, expressou Oliveira.
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