A Caixa Econômica Federal e o Banco do Brasil poderão ampliar a atuação no Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o Ministério da Economia está estudando a possibilidade. O programa é a aposta do governo de Jair Bolsonaro para oferecer crédito a micro e pequenas empresas durante a pandemia.
Os dois bancos públicos já emprestaram juntos mais de R$ 5 bilhões. Por sua vez, as instituições privadas ainda não começaram a atuar no Pronampe. Ontem, terça-feira,7, o secretário especial de Produtividade, Emprego e Competitividade do Ministério da Economia, Carlos Alexandre da Costa, admitiu que os recursos destinados para o programa deverão ser revistos.
O secretário declarou durante audiência pública virtual da Comissão Mista do Congresso que acompanha as medidas relacionadas à pandemia do novo coronavírus, que “Já estamos preocupados, porque recursos do Pronampe vão terminar em breve”.
Por essa razão, o Ministério da Economia teria solicitado ao Banco do Brasil para rever os limites do programa. O banco é responsável por administrar o Fundo Garantidor de Operações (FGO).
Assim, a pasta pediu uma análise sobre a possibilidade de aumentar o limite dos bancos de forma geral, mas também solicitou um estudo com foco apenas na Caixa e no próprio BB, o que pode elevar o limite somente das instituições públicas, que são as mais atuantes no Pronampe.
BB é o que mais emprestou até agora
O Pronampe conta com orçamento total de R$ 18,7 bilhões. Cada banco tem direito a uma parte desses recursos, que variam de acordo com o porte das instituições. Inicialmente, a divisão do dinheiro foi em torno de 20% para cada um dos cinco grandes bancos.
Até o momento, o BB foi o que mais emprestou no Pronampe, a instituição contratou R$ 3,3 bilhões e ainda esta semana espera alcançar o teto de R$ 3,7 bilhões. O banco já teria fechado 54 mil operações.
Já a Caixa liberou até esta quarta-feira,8, R$ 1,84 bilhão em um total de 22,32 mil contratos. Se o limite do BB e da Caixa for alterado, os bancos privados podem ter atuação no Pronampe reduzida, o Bradesco e o Itaú Unibanco, por exemplo, ainda não começaram na modalidade de crédito.
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