Um pedido de concurso de Auditor Fiscal do Trabalho (AFT) com 1.524 vagas está em trâmite no Ministério da Economia. O cargo de auditor-fiscal do trabalho exige nível superior em qualquer área. De acordo com o Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais do Trabalho (Sinait), o certame é urgente para o país, pois quase um terço dos cargos estão vagos e centenas de profissionais estão em condições de se aposentar.
Segundo informação da Subsecretaria de Inspeção do Trabalho (SIT) a solicitação se encontra sob análise da Secretaria de Gestão e Desempenho de Pessoal da pasta. Além desse, também foi pedido o edital para “motoristas oficiais”. Contudo, apesar da tramitação, não há nenhum indicativo de que os certames sejam autorizados pelo governo de Jair Bolsonaro.
A diretora do Sinat, Vera Jatobá, afirma que o fim do Ministério do Trabalho no ano passado, foi outro motivo que deixou a situação dos auditores fiscais mais difícil. Ela declarou que “para quem tinha um ministro próximo e uma Secretaria que dialogava diretamente com a cabeça do poder, passou a ter várias capas de interlocução que eu não posso nem dizer que é diálogo, é uma tentativa. Tudo isso reflete em orçamento, estrutura e em concursos”, disse Jatobá.
Último pedido de concurso
O Ministério do Trabalho, antes de ser extinto em 2019, pediu concurso com 2.873 vagas em 2018. Deste total, 1.309 chances eram para o cargo de auditor-fiscal do trabalho. Para concorrer à carreira é necessário ter nível superior aceito em qualquer área. O salário é de R$ 21.487, valor referente ao ano passado.
Também houve pedido de agente administrativo com 1.307 vagas com exigência de nível médio completo. A remuneração é de R$ 3.881,97. As demais chances eram destinadas para nível superior, com ganhos de de R$ 5.494,09.
O último concurso AFT aconteceu há sete anos.
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