Membros do conselho curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) informaram que o aumento do desemprego no Brasil deve comprometer o lucro do fundo em 2020. O levantamento, que faz parte do orçamento da autarquia, prevê que o valor deve chegar a R$ 6,9 bilhões até o fim do ano.
Desta forma, caso a estimativa para 2020 se confirme, haverá uma queda de 39%. Isso porque, em 2019, o lucro líquido do FGTS foi de R$ 11,3 bilhões. Do total, R$ 7,5 bilhões foram distribuídos para os trabalhadores.
De acordo com os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério da Economia, 558.597 trabalhadores foram demitidos entre janeiro e setembro deste ano. Grande parte dos desligamentos tem relação com à crise econômica causada pela pandemia de coronavírus.
“Com o aumento do desemprego, mais pessoas sacaram recursos do fundo em 2020 e ainda começaram outras modalidades de saques, como o aniversário. Isso afetará o resultado do fundo”, afirmou um dos integrantes do conselho curador do FGTS.
Entretanto, o orçamento apresentado também aponta aumento do lucro do fundo nos próximos anos. A previsão é que o valor chegue a R$ 7,3 bilhões, em 2021, R$ 7,7 bilhões, em 2022, e R$ 7,6 bilhões, em 2023.
“Essas estimativas são conservadoras e o resultado pode melhorar com o aumento da geração de emprego. Isso dependerá do ritmo de recuperação da economia. Acredito que o lucro pode aumentar nos próximos anos”, ressaltou um conselheiro do fundo.
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