O Governo Federal anunciou, na última terça-feira, 17, uma nova projeção para a inflação em 2020, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A previsão é que o piso nacional tenha um reajuste de 4,1%, por causa da alta do preço dos alimentos. Com isso, o valor do salário mínimo para 2021 deve aumentar.
Em agosto, a previsão era que a inflação seria de 2,09% em 2020. Dessa forma, o piso nacional seria reajustado para R$ 1.067. Contudo, se o novo percentual for confirmado, o salário mínimo passará dos atuais R$ 1.045 para R$ 1.087,84.
Ou seja, um aumento de quase R$ 43. No entanto, é importante destacar que esse acréscimo não representa ganhos reais, apenas mantém o poder de compra do consumidor. Entenda!
Reajuste do salário mínimo
Apesar do reajuste no piso nacional, o trabalhador ainda não vai ter uma alta real do salário mínimo no ano que vem. Isso porque atualmente não existe uma política de valorização do salário mínimo.
Entre 2011 e 2019, o reajuste do piso nacional levava em conta a inflação e a variação do Produto Interno Bruto (PIB) registrado dois anos antes. Isso possibilitava que o aumento fosse real.
Entretanto, o atual governo deu fim à política de reajuste real do salário mínimo. Sendo assim, o valor salarial se limita a seguir a determinação da Constituição, que defende a preservação do poder aquisitivo dos cidadãos.
Essa é uma forma do governo garantir um alívio financeiro, pois o aumento do salário automaticamente reajusta benefícios assistenciais e previdenciários. Estima-se que a cada R$ 1 de aumento no valor do salário, a União amplia as despesas em R$ 355 milhões por ano.
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