O governo federal encaminhou ao Congresso Nacional uma nova proposta de piso nacional por meio da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO). Na revisão feita pelo Ministério da Economia, o salário mínimo em 2021 deve subir de R$ 1.067 (projeção anterior) para R$ 1.088.
A razão para a mudança está relacionada diretamente ao crescimento significativo da inflação nos últimos meses. Diante deste cenário, a equipe econômica do governo precisou revisar em novembro o valor do próximo piso nacional. O cálculo levou em consideração a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Salário mínimo 2021
Hoje em dia, o salário mínimo é de R$ 1.045. Caso o valor de R$ 1.088 seja o definitivo, o aumento no bolso do trabalhador será de R$ 43. De acordo com dados divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), cerca de 49 milhões de cidadãos brasileiros têm o salário mínimo como referência para os rendimentos.
Apesar das estimativas, a nova projeção pode sofrer alterações até o final do ano, visto que os índices da inflação, utilizados como parâmetro para as correções, podem aumentar ou diminuir. Conforme estabelecido na Constituição Federal, o valor do salário mínimo deve ser corrigido tendo como referência, pelo menos, a variação do INPC do ano anterior.
Reajuste sem aumento real
De acordo com o último PLDO enviado ao congresso, o reajuste no salário mínimo acontecerá tendo apenas como base a inflação, na já citada estimativa do INPC. Sendo assim, não haverá ganho real na renda do trabalhador brasileiro. Isso significa que o poder de compra de quem ganha o piso nacional continuará igual.
O mesmo método de aplicação foi utilizado no ano anterior para 2020, quando a equipe econômica do governo corrigiu o salário mínimo com base na inflação de 2019.
Porém, vale destacar que nem sempre foi assim. Entre os anos de 2011 a 2019, a política de reajustes do mínimo também considerava na conta a variação do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos anteriores (salvo os anos de 2017 e 2018, quando foi concedido o reajuste somente pela inflação, visto a retração da economia nos anos de 2015 e 2016).
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