Para repor as perdas provocadas pela inflação em 2020, o governo terá que subir o salário mínimo dos atuais R$ 1.100 para R$ 1.102 no mês de fevereiro, ou seja, daqui duas semanas. Em 1º de janeiro, o mínimo subiu de R$ 1.045 para R$ 1.100 em razão de uma Medida Provisória (MP) editada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Para esse aumento foi considerado o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) que tinha ficado em 5,26%, porém um novo percentual divulgado na semana passada mostra um valor mais alto, de 5,45%, por esse motivo, o salário deve ser atualizado.
Quando a MP entrou em vigor, no início deste mês, o Ministério da Economia havia informado que poderia alterar de novo o valor do salário mínimo quando saísse a inflação, com o objetivo de assegurar e preservar o poder de compra do cidadão. Desde 2020, o piso nacional é reajustado levando em conta somente a inflação, para não perder valor, como diz a Constituição.
Salário também foi alterado no ano passado
O salário mínimo também precisou ser alterado em 2020 quando um novo já estava em vigor. Isso porque, o governo anunciou em 31 de dezembro de 2019 que o mínimo seria de R$ 1.039, porém precisou ser reajustado em janeiro, quando foi divulgado um novo INPC que ficou acima da projeção inicial, a partir daí subiu para R$ 1.045.
Guedes é contra
O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse em audiência no Congresso que aumento do salário mínimo condena a população ao desemprego, principalmente em meio a pandemia de covid-19.
“Hoje, se você der um aumento de salário mínimo, milhares e talvez milhões de pessoas serão demitidas. Estamos no meio de uma crise terrível de emprego. Dar aumento de salário é condenar as pessoas ao desemprego”, declarou Guedes.
Veja também: Veja 9 situações que permitem o saque total do FGTS em 2021