Ao se tornar elegível para a próxima disputa eleitoral, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é tido como uma ameaça à agenda liberal do atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que deve propor maior investimento em políticas populistas a partir deste ano.
Entre os exemplos está o auxílio emergencial. Segundo previsões, o benefício pode ter o valor aumentado ou estendido durante os pagamentos das próximas rodadas, sobretudo “para contrapor a popularidade de Lula nos segmentos mais humildes da sociedade”, declarou o economista-chefe da Nécton, André Perfeito. Tal atitude deve, no entanto, gerar atrito entre o chefe do executivo e o ministro da Economia, Paulo Guedes.
Até o momento, de acordo com Guedes, os valores das próximas parcelas do auxílio emergencial serão de R$ 175, R$ 250 ou R$ 375. As quantias vão variar de acordo com a situação social de cada beneficiário, sendo o maior valor destinado para mães monoparentais, ou seja, responsáveis únicas pelo sustento da casa.
Acometido por pressões políticas mesmo antes da soltura do líder petista, Bolsonaro pretende manter sua indicação política para o pleito de 2022. A mudança no discurso já é percebida, a começar pelo abandono acerca das pautas relacionadas às privatizações de grandes estatais, como por exemplo, os Correios e Banco do Brasil.
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