Empresas devem demitir em massa sem programa de redução de jornada e salários. Entenda

No ano passado, o BEm garantiu a manutenção de cerca de 20 milhões de empregos por permitir a suspensão de contratos e a redução de jornada de trabalho.



Por causa das medidas de restrição para evitar a disseminação por Covid-19, muitas lojas estão fechadas e com a diminuição nas vendas, os empresários preveem demitir em massa os trabalhadores, caso o governo não reedite o Programa Emergencial de Manutenção de Emprego e Renda, chamado de BEm.

A Medida Provisória 936, que permitiu a criação do programa, teve validade expirada em dezembro de 2020. Associados do Instituto para o Desenvolvimento do Varejo (IDV), durante reunião nesta última segunda-feira, 22, reclamaram da demora do governo em reeditar o texto.

No ano passado, o BEm garantiu a manutenção de cerca de 20 milhões de empregos por permitir a suspensão de contratos e a redução de jornada de trabalho, com pagamento de parte dos salários pelo governo. Neste ano, o governo planeja a volta do BEm que deve auxiliar até 3 milhões de trabalhadores e terá custo total entre R$ 5,8 bilhões e R$ 6,5 bilhões.

Lojas sem faturamento

O presidente do IDV, Marcelo Silva, criticou que o mês de março já está terminando e o programa ainda não foi reeditado, “Isso está trazendo uma inquietação muito grande entre os empresários do varejo, porque muitas lojas estão fechadas em São Paulo, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco, por exemplo”, destacou.

Ele também explicou que os empresários estão no limite, porque precisam fazer o pagamento da folha de salário e dos impostos, mas não contam com faturamento suficiente para cumprir com essas despesas.

“É uma questão de caixa: se não vende, não tem como pagar as contas”, diz o executivo, ressaltando que essa questão tem de ser resolvida este mês. “Se o governo não sinalizar com a volta do programa, pode ocorrer demissão”, declarou Marcelo Silva.

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