Na última segunda-feira (5), o Governo Federal anunciou a prorrogação do auxílio emergencial por mais três meses. Com a oficialização, algumas dúvidas surgiram na cabeça dos brasileiros. Uma delas é se o valor pago poderia aumentar ou se novos beneficiários poderiam receber.
Leia também: Salário mínimo 2022: Novo valor deve impactar PIS/Pasep, INSS e seguro-desemprego
Primeiro é preciso lembrar que o auxílio emergencial aprovado em 2021 contempla uma parcela restrita da sociedade. No geral, os beneficiários são os mesmos que os cadastrados em 2020, porém, com algumas restrições.
Pelas regras atuais, o auxílio será pago às famílias com renda mensal total de até três salários mínimos. Isso acontece se a renda per capita não superar meio salário mínimo. Além disso, o beneficiário precisa ter recebido ou ter sido apto a receber o auxílio em 2020.
Os cidadãos que integram o público-alvo do benefício também devem estar inscritos devidamente no CadÚnico. Para quem recebe o Bolsa Família, continua valendo a regra do valor mais vantajoso. Assim, recebem o auxílio aqueles para o qual o Bolsa Família pagaria valor menor.
O valor do auxílio em 2021 varia entre R$ 150 e R$ 375 por parcela, a depender do perfil de cada um. Em geral, as famílias recebem R$ 250. Apenas famílias chefiadas por mulher (monoparental) podem receber R$ 375. Pessoas que moram sozinhas recebem R$ 150.
O valor do auxílio emergencial 2021 vai aumentar?
Na verdade, o que aumentou foi o número de parcelas a serem pagas. Porém, o valor de cada parcela continua o mesmo – já explicado acima. Os pagamentos, que terminariam em julho, foram prorrogados até outubro.
Portanto, serão pagas três parcelas adicionais para cada beneficiário já inscrito e validado no sistema do governo. O objetivo é manter a ajuda até que a população adulta esteja vacinada. Nas contas do governo, a imunização deve ser concluída até o final do mês de outubro.
Como serão os próximos pagamentos do auxílio emergencial?
A Caixa Econômica Federal, responsável pelo pagamento das parcelas, ainda não deu muitos detalhes. Contudo, a quarta parcela do auxílio deverá ser paga no final de julho, conforme o cronograma oficial.
O que se sabe é que os pagamentos continuarão sendo recebidos da mesma maneira. O valor é depositado na poupança social digital, pelo app Caixa Tem.
Novo auxílio após outubro é possível?
De acordo com os pronunciamentos do governo, o auxílio não deve exceder ao mês de outubro. Entretanto, há a expectativa de que o “novo” Bolsa Família passe a vigorar a partir de novembro.
Criado durante a gestão do ex-presidente Lula (PT), o Bolsa Família é o maior programa de assistência social do Brasil. A ideia do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) é ampliar os valores e a quantidade de famílias beneficiadas.
O objetivo é passar o valor do Bolsa Família de R$ 192 (média) para R$ 300 (no máximo). Além disso, o programa deve ganhar uma assinatura nova. O nome deve ser outro, mas ainda nada foi divulgado sobre o tema.