Uma mulher foi presa na última quarta-feira (7) pela Polícia Civil de Fortaleza. Ela trabalhava em uma casa lotérica e é acusada de ter desviado verba do auxílio emergencial. Ao todo, mais de 200 beneficiários foram roubados pela acusada.
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A funcionária da lotérica estaria envolvida em uma quadrilha especializada neste tipo de golpe. De acordo com informações da polícia, o golpe desviou mais de R$ 1 milhão de reais em diferentes regiões.
A função da mulher presa era a de alterar as senhas de acesso dos beneficiários. Assim, os golpistas poderiam transferir os auxílios para contas de terceiros.
A acusação aponta crimes de estelionato, falsidade ideológica e inserção de dados falsos em sistemas de informação.
Como funciona o golpe do auxílio emergencial
O golpe funcionava da seguinte maneira. Uma mensagem solicitando o número do CPF e a senha era enviada ao beneficiário. O motivo seria uma suposta atualização de recadastramento no sistema.
Em posse dos dados, a funcionária da casa lotérica alterava as informações de cadastro do beneficiário. A nova identificação era encaminhada aos golpistas.
Dessa forma, a conta recebedora do auxílio era invadida e o dinheiro transferido para outros bancos.
Segundo a investigação, a quadrilha teria aplicado o golpe em diversos estados do Brasil. Além do Ceará, foram identificadas vítimas no Rio de Janeiro, São Paulo, Bahia, Pernambuco, Goiás, Paraná e no Distrito Federal.
As vítimas, muitas vezes, só notavam o golpe na hora de sacar o dinheiro. Era quando percebiam que o auxílio emergencial não estava na conta.
Quem foi vítima dos estelionatários deve entrar em contato com a Caixa para ser orientado sobre os procedimentos.
Banco notou movimentação suspeita
Ainda segundo a investigação, a Caixa Econômica teria notado muitas solicitações de alteração de senha. Todas vindas de um único terminal, em uma lotérica de Fortaleza.
Por conta do grande volume de dados, a Polícia Civil foi acionada para investigar o caso. A mulher foi presa após a descoberta das fraudes.
Inicialmente, ela foi acusada de estelionato com o agravante de fraudar o sistema público. As casas lotéricas são correspondentes da Caixa e, por isso, funcionam sob concessão pública.