É difícil explicar como a morte de uma pessoa pode impactar a vida dos que ficam. De fato, quem morre leva um pouco da gente e deixa um pouco de si em cada um que fica e que participou de sua vida. O filme que vamos falar hoje é “Amigas Improváveis” (2019), dirigido pela sino-canadense Aisling Chin-Yee.
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Ele gira em torno de um homem que é representado por um quadro pendurado à parede, e é protagonizado por quatro mulheres, que passam pelo luto enquanto precisam enfrentar os desafios da vida.
Craig enquanto vivo, casou-se duas vezes e com as duas mulheres deixou rastros de mágoa e outros sentimentos ruins, com a sua partida, suas filhas frutos dos casamentos que teve com Cami e Rachel precisam aprender a lidar com assuntos bem difíceis.
Com a morte do ex-marido, Rachel fica sem casa para morar com sua filha Talulah, pois Craig não estava pagando a hipoteca já há algum tempo, Cami então oferece um dos quartos de sua casa para as duas se acomodarem. A imaturidade das personagens em determinados momentos torna a convivência difícil, ambas procuram o tempo todo encontrar culpados para o que estão passando, sentindo e isso acaba fazendo com que as quatro fiquem ainda mais feridas.
A cumplicidade entre as principais mulheres do filme, chega ao fim logo após uma guerra travada entre Cami e Rachel, suas diferenças aos poucos vão dando espaço a um sentimento em comum que as une, o mesmo acontece também com as meias-irmãs Aster e Talulah que passam a vivem de fato como família.
Durante todo o filme, muito bem interpretado pelas atrizes escolhidas a emoção pela perda é muito clara em seus rostos. A produção foi muito bem escrita e de forma inteligente dá um sentido novo ao sofrimento e foge de tudo aquilo que geralmente é comum nas tramas femininas.