O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quinta-feira, 10, que prevê um “problema de combustível” no país. A declaração dada a apoiadores que estavam no cercadinho do Palácio da Alvorada ocorreu pouco antes do anúncio de reajuste feito pela Petrobras.
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“Não estou dizendo se vai ou não vai, eu acho que vai aumentar. No mundo todo aumentou. Eu não defino preço na Petrobras, eu não defino nada lá. Só quando tem problema cai no meu colo”, disse o presidente.
“Agora, a tendência, é melhorar lá fora. Mas vai ter problema de combustível no Brasil, não vai demorar”, completou Bolsonaro após acusar os ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff de interferirem nos preços da Petrobras.
Reajuste
Pouco tempo após a conversa do chefe do Executivo com seus simpatizantes, a petroleira estatal anunciou um aumento de 24,9% no diesel e 18,8% na gasolina vendidos em suas refinarias. O reajuste veio após quase dois meses sem mudanças nos preços.
“Após 57 dias sem reajustes, a partir de 11/03/2022, a Petrobras fará ajustes nos seus preços de venda de gasolina e diesel para as distribuidoras”, informou em comunicado.
A decisão é um resultado direto da guerra entre Rússia e Ucrânia. Desde o início do conflito, preço do barril de petróleo do tipo Brent já subiu 20,55%.
