Dormir é bom e necessário, inclusive aquele cochilo no meio da tarde pode ser bastante reparador. No entanto, cochilar demais pode ser sinal de Alzheimer em estágio inicial. Foi isso o que revelou um estudo publicado na revista especializada “Alzheimer’s and Dementia”.
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Em outras palavras, as novas evidências colocam em xeque a primeira impressão de que os cochilos são benéficos para a saúde. Ao contrário do que parece, ao invés de melhorarem o humor, longas “pestanas” ao longo dia podem indicar que algo não vai bem com o cérebro da pessoa.
O sinal de Alzheimer se caracteriza pela mudança no comportamento
Se você tem o hábito de dormir em períodos do dia desde sempre, não deve haver razão para preocupação. O maior problema está na mudança drástica de hábitos, ou seja, quando o sono era raro e passa a ser frequente. O sinal de Alzheimer se mostra mais evidente quando isso ocorre em pessoas ainda bem jovens.
“Pode ser um sinal de envelhecimento acelerado. A principal vantagem é que, se você não costumava tirar sonecas e percebe que está começando a ficar mais sonolento durante o dia, pode ser um sinal de declínio da saúde cognitiva”, disse a professora Yue Leng, da Universidade da Califórnia. A fala foi cedida em entrevista para o jornal britânico The Guardian.
Pessoas com sinal de Alzheimer podem cochilar 24 minutos a mais por ano
De acordo com a pesquisa, foram analisados 1.400 voluntários. O período de cochilo acontecia entre às 9h e às 19h.
Os pesquisadores entenderam que as pessoas que não apresentavam sinal de Alzheimer podiam cochilar diariamente 11 minutos a mais por ano. Nos pacientes com algum comprometimento cognitivo o tempo aumenta para 24 minutos. Depois do diagnóstico da doença, esse mesmo cochilo pode ser de até 68 minutos a mais.
Assim, foi identificado que pessoas com Alzheimer podem cochilar mais tempo do que o necessário durante o dia. Entretanto, os dados não são suficientes para que esse fator seja decisivo no diagnóstico da doença.