De acordo com uma publicação feita nesta quinta-feira (17) no periódico “Alzheimer’s and Dementia”, da Associação Alzheimer, existe uma relação entre cochilos em excesso com estado de demência.
Veja também: Pão francês: qual alimento comer para substituir o pãozinho?
Conforme a publicação, idosos que cochilavam pelo menos uma vez por dia por mais de uma hora consecutiva tiveram cerca de 40% maiores predisposições de desenvolver o Alzheimer.
A professora assistente de psiquiatria da Universidade da Califórnia, em San Francisco e coautora do estudo Yue Leng, informou em um comunicado: “descobrimos que a associação entre cochilos diurnos excessivos e demência permaneceu após o ajuste da quantidade noturna e da qualidade do sono”.
A doutora disse ainda que os resultados do então estudo estão em conformidade com um outro estudo realizado por ela, em que apontou que pessoas que dormiam mais de 2 horas por dia tinham mais chances de comprometer seu sistema cognitivo em comparação às pessoas que cochilam menos de 30 minutos.
Dados de outro estudo referente a cochilos em excesso em pessoas idosas
Uma pesquisa recente realizada e que utilizou dados coletados durante 14 anos pelo Rush Memory and Aging Project, esclareceu um pouco mais esta relação entre sono e Alzheimer.
Durante 14 anos eles avaliaram mais de 1400 pessoas com idade média de 81 anos. Essas pessoas usavam durante 14 dias por ano, um aparelho rastreador que capturava seus movimentos. Desta forma, foi interpretado como cochilo, a ausência de movimentos por um período prolongado.
E ao longo da pesquisa, foi constatado um aumento em média de 11 minutos por ano de tempo de cochilo em pessoas que não desenvolveram nenhum tipo de diminuição de sua cognição. Todavia, houve o dobro de casos de comprometimento cognitivo leve em pessoas que dormiam mais de 24 minutos por dia.
E em pessoas diagnosticadas com Alzheimer o Apesar disso, a Dra Yue informou: “eu não acho que temos evidências suficientes para tirar conclusões sobre uma relação causal, de que é o próprio cochilo que causou o envelhecimento cognitivo, mas cochilos diurnos excessivos podem ser um sinal de envelhecimento acelerado ou processo de envelhecimento cognitivo”, disse ela.
O que se pode fazer para evitar que cochilos em excesso afetem a cognição?
Os cochilos diurnos devem ficar limitados entre 15 a 20 minutos por dia de preferência até as 15 horas, são melhores para evitar riscos à cognição, além de tornar a soneca mais restauradora.
É importante reparar com atenção a evolução do sono em pessoas mais velhas ou que sofram de Alzheimer. E percebendo qualquer alteração no comportamento do sono deve-se consultar um médico.