Como a Netflix vai saber quem divide conta? Procon quer respostas

Órgão de defesa do consumidor questionou a plataforma de streaming pedindo explicações sobre como essa cobrança será feita.



Recentemente, a Netflix declarou que pode cobrar uma taxa extra de usuários brasileiros que dividem contas com terceiros. E essa atitude chamou a atenção do Procon-SP, que notificou a plataforma de streaming pedindo explicações sobre como essa cobrança será feita.

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Em suma, o órgão de defesa do consumidor quer entender como a Netflix vai comprovar se a conta de um determinado usuário foi compartilhada em um aparelho fora da residência da assinatura original.

Outro ponto levantando é como será feita essa identificação no caso de vazamento de dados ou roubo de senha, por exemplo. Observe:

“A Netflix deverá informar quais procedimentos são aplicados para coibir que terceiros se utilizem do acesso do assinante sem seu consentimento ou autorização”, traz a notificação do Procon-SP.

Netflix anuncia taxa extra de compartilhamento de senha

Na última semana, a Netflix anunciou que deu início à fase de testes de um novo recurso que cobra uma taxa extra de usuários que compartilham sua senhas da plataforma de streaming.

Até o momento, a experiência tem acontecido em outros países, como o Chile, Costa Rica e Peru. Nesses lugares, os clientes devem pagar uma taxa de US$ 2,29, aproximadamente R$ 15 na conversão, caso acessem suas contas fora de casa.

Procon notifica Netflix sobre cobrança

Com a possibilidade de essa regra chegar ao Brasil, o Procon-SP quer saber como serão conduzidos esses testes e quais os critérios de seleção dos usuários que farão parte do experimento.

Além disso, segundo o órgão, a Netflix também deve deixar esclarecido aos usuários qual será o método a ser utilizado para a cobrança das taxas, quais as condições de seleção dos perfis e o como serão tratados os dados dos clientes da companhia a partir da aplicação dessa medida.

“O Procon-SP também quer saber se a Netflix pretende aplicar essa cobrança adicional no Brasil e, em caso positivo, quando será implementado, como se dará o acesso adicional e quais valores serão cobrados”, questiona o órgão.

Em relação às exigências a serem cumpridas, o órgão paulistano também quer saber qual será o limite máximo de aparelhos a utilizar uma única assinatura, sem que isso imponha a cobrança extra.




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