Um empréstimo ao setor elétrico de até R$ 5,3 bilhões liberado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) pode deixar a conta de luz mais cara. Os recursos oferecidos serão usados para bancar iniciativas que impeçam falhas no fornecimento de energia, ocorridas com frequência no ano passado.
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Apesar de a medida com peso bilionário apaziguar possíveis aumentos na tarifa de energia elétrica este ano, com sucessivos reajustes, os consumidores poderão arcar com os custos da transação no ano seguinte, em 2023.
Confira a seguir uma tabela que mostra onde será destinado o dinheiro do empréstimo ao setor elétrico:
O que será pago | Valor |
Custos relacionados a importação de energia nos meses de julho e agosto de 2021 | R$ 800 milhões |
A conta Bandeiras (estimada para abril deste ano) | R$ 540 milhões |
Os adiamentos devido às distribuidoras | R$ 2,33 bilhões |
Bônus para os usuários que realizaram economia de energia no ano passado | R$ 1,6 bilhões |
Novo empréstimo a caminho
Desde a aprovação da iniciativa, em dezembro de 2021 pelo governo federal, que também assinou uma Medida Provisória (MP), existe a chance de haver uma segunda parte do empréstimo.
Neste caso, a quantia será direcionada ao cobrimento dos custos do leilão realizado para a contratação de térmicas, ocorrido no ano passado. A segunda fase estima uma quantia de R$ 5,2 bilhões a ser liberada, totalizando R$ 10,5 bilhões no socorro financeiro o setor elétrico.
Por outro lado, segundo declarou o Broadcast Energia, são baixas as chances de essa nova leva sair. Lembrando que essa prática de empréstimo já aconteceu em 2001, quando o Brasil passou por um complicado racionamento de energia e o governo precisou de recursos para pagar as dívidas das distribuidoras.