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Guerra na Ucrânia pode decretar o ‘fim do dólar’, diz corretora

Exclusão da Rússia do Swift e sanções norte-americanas são alguns dos motivos que podem causar o enfraquecimento da moeda mais importante do mundo.



Os desdobramentos da Guerra na Ucrânia, que começou há um mês, podem ser ainda mais significativos, como o “fim do dólar”, por exemplo, afirma a corretora Genial Investimentos.

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De acordo com a empresa, “o dólar, assim como as demais moedas fiduciárias, representa uma dívida soberana entre um determinado governo e o ente que se dispôs a reter a moeda em seu portfólio”.

Nesse sentido, analistas da corretora dizem: “Se, por alguma razão, o governo emitente da moeda fiduciária se recusa a honrar esta dívida, como no caso de proibir o acesso aos recursos depositados em bancos sob sua jurisdição, a credibilidade desta moeda é, claramente, afetada”.

Queda da moeda mais importante do mundo

Segundo a Genial, os motivos que podem provocar a queda do dólar no mundo incluem:

  • Crise humanitária provocada pela invasão da Ucrânia;
  • Exclusão da Rússia do Swift – responsável por processar as operações financeiras de 11 mil bancos ao redor do mundo e um dos pilares da economia mundial;
  • Sanções norte-americanas implicadas sobre a economia russa.

Ainda de acordo com o relatório da Genial, “[…] este movimento de congelamento das reservas em dólares, em ouro e em títulos do tesouro americano custodiadas nos bancos do mundo ocidental será responsável por uma quebra estrutural na confiabilidade das moedas fiduciárias, principalmente do dólar”.

Fim do dólar?

As previsões mostradas pela corretora mostram um cenário de consequências a longo prazo. Isso porque as mudanças no “arcabouço” dos meios de pagamento global operam de forma mais lenta.

“Acreditamos que os principais impactos sobre o dólar sejam, em primeiro lugar, a perda do valor destas reservas, o que reduzirá o incentivo de utilizar esta moeda como reserva cambial dos países. Dado que há o risco de que em um momento de necessidade o país possa ficar incapacitado de usar suas reservas, naturalmente estas perdem valor e atratividade”, declarou a empresa.

Vale destacar que o dólar já deu leves sinais de enfraquecimento na comparação a outras moedas. Na última segunda-feira, 21, a moeda norte-americana chegou a ser negociada abaixo dos R$ 5. Cenário bem diferente daquele no começo da pandemia, em fevereiro de 2020, quando ele alcançou o valor de R$ 5,85.




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