O anúncio do aumento nos preços de combustíveis pela Petrobras prevê impactar diretamente o valor do vale-gás nacional. Essa alta está ligada diretamente com a subida de preço do barril de petróleo, que ficou mais caro por causa da guerra entre Rússia e Ucrânia.
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No caso da gasolina, o aumento será de 18,8%, do diesel de 24,9% e do gás de cozinha de 16,1%. Para esse último, haverá uma consequente subida no preço do botijão que fará com que a quantia de repasse do vale-gás também suba.
Por que o vale-gás pode aumentar após a alta nos preços dos combustíveis?
A resposta é simples: de acordo com o Ministério da Economia, o valor do vale-gás nacional não é fixo, mas variável, devendo valer 50% da média cobrada pelo preço do botijão no mês de pagamento. E quem calcula essa média é a Agência Nacional do Petróleo (ANP).
Em janeiro, por exemplo, o governo pagou R$ 52 de vale-gás às famílias assistidas. No entanto, em fevereiro, o valor foi R$ 2 menor, chegando a R$ 50. Com a previsão de alta no produto, a estimativa é de que o Auxílio Gás também aumente de valor.
Como se inscrever para receber o vale-gás?
Não há como se inscrever no vale-gás diretamente. A única forma de adesão no momento é por meio do Auxílio Brasil. Para isso, as famílias devem participar do Cadastro Único (CadÚnico) e aguardar a inclusão no programa pelo Ministério da Cidadania.
Cerca de 5,6 milhões de cadastrados no Auxílio Brasil recebem o vale-gás nacional. O valor é bem inferior aos 18 milhões de pessoas que recebem o principal programa de transferência de renda federal da atualidade.
Por outro lado, o governo já confirmou que o intuito é conseguir que todos os inscritos no Auxílio Brasil recebam o vale-gás. Medida essa que deve se concretizar até setembro de 2023.