Você já ouviu falar em moeda social? Essa tem sido a saída encontrada por alguns municípios brasileiros para enfrentar o atual momento econômico. Entenda como ela funciona na prática e como a moeda social pode ajudar no combate à pobreza.
Leia mais: Quem pode sacar até R$ 1 mil do FGTS a partir desta semana?
A moeda social tem como base a economia solidária. Cada município cria a sua própria moeda como forma de amenizar a dificuldade financeira das famílias e movimentar a economia local.
Moeda social pode acabar com o real?
A moeda social não é novidade no Brasil. Apesar de ainda ser desconhecida por muitos brasileiros, ela existe há mais de 20 anos. Só para se ter uma ideia, hoje no país existem 150 moedas sociais.
Elas são emitidas pelos Bancos Comunitários de Desenvolvimento (BCD). Dessa forma, elas podem ser consideradas instrumentos de desenvolvimento local.
O desenvolvimento de políticas públicas de finanças solidárias por meio da emissão de moedas sociais pode reduzir a desigualdade social e regional. E, consequentemente, com a diminuição da pobreza.
Outro detalhe é que os bancos comunitários podem até mesmo oferecer empréstimos em moeda social. A prática facilita o acesso da comunidade ao crédito.
Além disso, desde 2007 a plataforma digital E-dinheiro fez com que as moedas sociais também existissem com cartão físico e também no digital. É cobrada uma taxa dos comerciantes toda vez que o pagamento é pelo banco comunitário. E essa taxa é redirecionada como crédito para estimular o comércio local.
Por serem de movimentação local, a moeda não é capaz de acabar com o real. Afinal de contas, ela tem outra função, que é a de promover o desenvolvimento numa determinada região. Ou seja, não é de força nacional.
