Os trabalhadores brasileiros com dinheiro no Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) vão poder usar até metade do saldo para comprar ações da Eletrobras. Isso será possível durante a privatização da estatal, por meio dos fundos mútuos de privatização.
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O mesmo já aconteceu em momentos anteriores. Durante o processo de privatização da Petrobras e da Vale do Rio Doce, os trabalhadores vinculados ao FGTS tiveram a chance de garantir ações das empresas.
Privatização da Eletrobras
A Caixa Econômica publicou as regras para o uso dos recursos em março deste ano. Assim, qualquer trabalhador com saldo no FGTS pode participar de qualquer oferta de privatização autorizada pelo Programa Nacional de Desestatização (PND). O teto estabelecido foi de R$ 6 bilhões em recursos do FGTS.
Muitos trabalhadores pensam em comprar as ações por conta da possibilidade de rendimento. Apesar de não ter nenhuma garantia, o que se espera é que seja superior ao do FGTS, que fica em 3% ao ano.
A participação poderá ser individual ou por meio do Clube de Investimento (CI-FGTS). A autorização do uso será feita de forma online, pelo aplicativo do FGTS.
Assim, o trabalhador autorizará a consulta dos valores e também o débito de parto do dinheiro da conta do FGTS. Esse processo será feito pelas instituições financeiras que administram os fundos mútuos de privatização.
Pela previsão do governo, a privatização da Eletrobras pode render R$ 100 bilhões aos cofres públicos. Além disso, com a venda das ações, o governo ficará com 45% da empresa.
A previsão é de que a privatização da Eletrobras permita a redução na conta de luz dos brasileiros, por meio de investimentos na geração de energia. Apesar disso, ainda não é possível afirmar se haverá de fato redução ou aumento nas contas de energia.