A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Economia publicou na última quinta-feira, 19 de maio de 2022, qual será a estimativa do salário mínimo para o ano de 2023. Com base na inflação, que subiu de 6,7% para 8,1%, o ministério chegou a um cálculo para o reajuste de R$98,17.
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Ao que tudo indica e conforme se especulava, os trabalhadores não terão o “ganho real” pelo quarto ano seguindo.
Lembrando que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é quem se responsabiliza pelo levantamento da inflação anualmente. O instituto faz a mediação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), que avalia os produtos e serviços, para realizar esse levantamento.
O reajuste do salário mínimo está considerando somente o percentual notado pelo Índice Nacional de Preço ao Consumidor. Na soma feita pela Secretaria, não há valores sobressalentes à inflação, logo o pagamento mínimo sairá de R$1 .212,00 para R$ 1.310,17 em 2023.
De início, o Ministério da Economia acreditava que a inflação não passaria de 6,1%, fazendo com que o pagamento mínimo tivesse um aumento de R$82,00, o que levava os trabalhadores a receber o valor de R$ 1.294,00.
Contudo diante do aumento absurdo dos combustíveis e alimentos, já ficou mais do que claro para o Governo Federal que o INPC vai ser maior que o estimado.
Veja a estimativa para os próximos anos
Vale lembrar que o salário mínimo é o que mais de 56 milhões de pessoas no Brasil recebe. De acordo com informações do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE), cerca de 24,2 milhões dentre esse número, são segurados pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).
O novo ajuste do salário mínimo de 2023 terá um impacto não somente para os trabalhadores ativos mas também para alguns benefícios.
Isso se deve, pois o mesmo reajuste feito nos pagamentos governamentais do trabalhador é usado como piso nacional. Seguindo essa linha de raciocínio, as alterações que podem acontecer são:
- Aposentadoria: piso deve subir para R$ 1.310 e o teto para R$ 7.661;
- Seguro-desemprego: piso deve subir para R$ 1.310 e o teto para R$ 2.276;
- BPC: o benefício deve passar para R$ 1.310;
- O critério de renda mínima, equivalente a um quarto do salário mínimo, passará para R$ 327,50.
Porém assim como o salário mínimo, tudo isso só será confirmado no começo do ano que vem.