Quando o motorista pensa que está perto de ter um alívio nos gastos com os combustíveis, como com a definição do teto do ICMS, o anúncio de mais um aumento deixa todo mundo apreensivo, o que não deve surtir efeito nas bombas. As recentes medidas sugeridas pelo governo parece não serem capazes de frear a alta dos combustíveis.
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Com o último anúncio feito pela Petrobras, o efeito do teto do ICMS deve ser frustrado, ou seja, é bem provável que os motoristas não notem nenhuma economia no final do mês.
Efeito nas bombas
O reajuste anunciado pela Petrobras foi de 14,26% no diesel e 5,18% na gasolina. Com isso, o projeto de lei que fixa o teto do ICMS coloca em questionamento toda a possibilidade de economia prevista pela medida.
Os estados devem ficar ainda mais resistentes com a proposta do teto, pois além da queda prevista na arrecadação, os consumidores tendem a continuar cada vez mais insatisfeitos com o preço pago.
Outra saída do governo seria a aprovação da PEC dos Combustíveis, já que o imposto estadual seria cortado por ela. A União também reservaria quase R$ 30 bilhões para reembolsar os estados. Contudo a PEC ainda depende de aprovação do Congresso.
Mesmo com todas as medidas propostas pelo governo, o efeito nas bombas deve ser mínimo. O que os especialistas acreditam e temem é que ao chegarmos no final do ano, mesmo com todas as ações adotadas, veremos o combustível com o mesmo valor de agora.
A razão principal para isso é o preço do barril do petróleo no mercado internacional, pois é ele que continuará ditando os preços dos combustíveis aqui no Brasil.