Há menos de três meses para a eleição presidencial, a equipe do presidente Jair Bolsonaro pressiona a Petrobras por uma redução nos preços dos combustíveis. As conversas são motivadas pela forte queda no barril de petróleo, um dos parâmetros utilizados pela estatal para definir seus valores.
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Mais cedo nesta semana, o Ministério da Economia revisou para baixo sua previsão para o salário mínimo de 2023. A pasta estima que o medidor oficial da inflação utilizado como base de cálculo para o reajuste ficará abaixo do esperado até agora.
Nos destaques desta segunda-feira, 18, veja também os novos prazos para atualização do Cadastro Único (CadÚnico) e as novidades sobre as próximas parcelas do Auxílio Brasil.
Pressão por redução nos preços dos combustíveis
O governo federal está negociando uma possível redução nos preços dos combustíveis com a diretoria Petrobras. Segundo fontes da equipe de Jair Bolsonaro, a medida atinge especialmente a gasolina.
O grande motivo para aumento nas pressões apenas poucas semanas após a entrada de Caio Mário Paes de Andrade na presidência da estatal é a forte queda no preço do barril de petróleo. Esse é um dos parâmetros utilizados pela empresa para definir suas cotações.
Dados da Associação de Importadores de Combustíveis (Abicom) mostram que litro da gasolina pode ficar até R$ 0,31 mais barato com o retorno à paridade internacional. Em média, os valores praticados pela estatal estão cerca de 8% mais altos que no exterior.
Técnicos da companhia argumentam que esse tipo de decisão sobre reajustes só ocorre após a diferença entre os mercados interno e externo ser consolidada.
Em relatório a clientes, o banco suíço UBS afirmou que a Petrobras poderá diminuir os preços dos combustíveis caso tendência de queda do barril de petróleo permaneça. “Se os preços (do petróleo) permanecerem nessa tendência, acreditamos que a Petrobras poderá reduzir os preços em breve.”
Redução na previsão do salário mínimo em 2023
O Ministério da Economia tem uma nova previsão para a inflação brasileira em 2022. A pasta revisou para baixo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) previsto para este ano, o que também reduz a estimativas para o salário mínimo de 2023.
A alta esperada para o INPC, utilizado no cálculo do reajuste do piso nacional, passou de 8,10% para 7,41%. Se os números forem confirmados, o salário mínimo vai sair dos atuais R$ 1.212 para R$ 1.301,81 no próximo ano, uma correção de pouco menos de R$ 90.
Em maio, a pasta estimava aumento para R$ 1.310,71 a partir de janeiro.
Uma previsão diferente consta no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) aprovado pelo Congresso Nacional. Nele, o INCP é previsto é de 6,70%, com o mínimo a R$ 1.294 em 2023.
Todos os valores levantados até o momento são apenas previsões. Caso a inflação medida neste ano fique diferente do esperado, o mínimo terá que ser redefinido para evitar perdas no poder de compra da população.
Novos prazos para atualizar o CadÚnico
Famílias inscritas no Cadastro Único (CadÚnico) ganharam mais tempo para atualizar suas informações no sistema. A decisão foi publicada no Diário Oficial da União e é motivada pelas longas filas formadas nos postos de atendimento dos municípios.
Cerca oito milhões de beneficiários estão incluídos nos processos em andamento desde fevereiro, calcula o Ministério da Cidadania. Atualizar o CadÚnico é imprescindível para não ter benefícios como o Auxílio Brasil e a Tarifa Social de Energia Elétrica cancelados.
Nos próximos meses, o cadastro precisa ser regularizado por famílias que realizaram a última atualização em 2016 e 2017; e por aquelas que têm inconsistências entre as informações preenchidas e os dados cruzados com outras fontes do governo. Veja os casos:
- Família com renda familiar apurada por meio de dados de outros registros do governo que esteja acima de meio salário mínimo por pessoa (R$ 606), ou divergente do valor informado em pelo menos um mês de análise: o novo prazo é agosto de 2022.
- Família com renda familiar apurada por meio de dados de outros registros do governo que esteja acima da linha de pobreza e abaixo de meio salário mínimo por pessoa (entre R$ 210,01 e R$ 606), ou diferente do informado durante seis meses seguidos: o novo prazo é agosto de 2022.
- Família que está com o cadastro desatualizado desde 2016 ou 2017 e quer evitar o bloqueio do Auxílio Brasil: o novo prazo é outubro de 2022.
- Família que está com o cadastro desatualizado desde 2016 ou 2017 e quer evitar o cancelamento do Auxílio Brasil ou da Tarifa Social o novo prazo é dezembro de 2022.
Auxílio Brasil de R$ 600 cai em julho?
Foi aprovada na semana passada a PEC apelidada de Kamikaze, texto que amplia benefícios sociais e cria novos auxílios para os brasileiros. Os primeiros pagamentos do Auxílio Brasil de R$ 600 para mais de 18 milhões de famílias já têm data para começar.
O repasse turbinado não cai na conta em julho, somente em agosto. Neste mês, cada beneficiário continua tendo acesso a uma parcela mínima no valor de R$ 400.
O governo federal também quer acabar com a fila de espera incluindo cerca de 2 milhões de pessoas na folha de pagamento do programa. Vale lembrar que, de acordo com a PEC, as mudanças têm validade até dezembro de 2022.
Como de costume, os pagamentos deste mês serão realizados de acordo com o Número de Identificação Social (NIS) dos beneficiários. Confira o calendário de julho do Auxílio Brasil:
- NIS final 1: recebem dia 18 de julho;
- NIS final 2: recebem dia 19 de julho;
- NIS final 3: recebem dia 20 de julho;
- NIS final 4: recebem dia 21 de julho;
- NIS final 5: recebem dia 22 de julho;
- NIS final 6: recebem dia 25 de julho;
- NIS final 7: recebem dia 26 de julho;
- NIS final 8: recebem dia 27 de julho;
- NIS final 9: recebem dia 28 de julho;
- NIS final 0: recebem dia 29 de julho.