Criado para ajudar famílias em situação de vulnerabilidade, mais especificamente em condição de pobreza e extrema pobreza, o Auxílio Brasil vai oferecer um aumento no piso aos seus assistidos. Entre os meses de agosto e dezembro, o benefício terá o valor mínimo de R$ 600.
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O aumento faz parte da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) promulgada há algumas semanas no Congresso Nacional. Desde que o pacote de medidas foi anunciado, pessoas que estão na fila de espera do Auxílio Brasil em 2022 estão com a expectativa de inclusão no programa, dada a nova liberação de recursos para os pagamentos.
Situação da fila de espera do Auxílio Brasil
Na última segunda-feira, 25, o ministro da Cidadania, Ronaldo Vieira Bento, teve acesso ao documento que pede explicações a respeito da fila de espera do Auxílio Brasil. A solicitação que demanda transparência no número de famílias contempladas partiu de parlamentares. No geral, o documento requere uma descrição completa e histórica por estado.
O documento encaminhado à pasta da Cidadania foi feita pelo senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) e os deputados Tabata Amaral (PSB-SP) e Felipe Rigoni (União-ES). Os parlamentares pedem que sejam apresentados de forma clara os números reais de pessoas que estão na fila para entrada no programa, tendo com o referência os dados do Cadastro Único (CadÚnico).
Informações do portal Globo mostram que no mês de julho, cerca de 1.568.728 famílias aguardavam o acesso ao Auxílio Brasil. A descoberta desse quantitativo foi obtida por meio da Lei de Acesso à Informação.
Falta de acesso às informações
Apesar da divulgação, parlamentares alegam que ainda não dá para saber a real quantidade de famílias que cumprem os requisitos do programa, mas ainda estão de fora dele.
Como forma de questionamento para esses números, o documento alega que “não é possível identificar qual o número real de cidadãos que preenchem todos os requisitos para receber o Auxílio, mas estão esperando nas filas do programa”.
Além disso, os parlamentares alegam que devido à falta de informações completas, o cruzamento de dados a respeito do programa, e da fila de quem aguarda a entrada, acabam esbarrando nos acessos restritos do Ministério da Cidadania.
Nesse sentido, ainda não dá para afirmar se novas famílias entrarão no programa a partir do próximo mês, ou se isso será feito de forma gradativa. O fato é que o governo vai destinar R$ 26 bilhões dos R$ 41,2 bilhões aprovados pela PEC para turbinar o Auxílio Brasil. Mas se a decisão for de inclusão, 1,6 milhão de novas famílias serão atendidas muito em breve.