Os servidores do Banco Central (BC) decidiram pelo fim da greve nesta terça-feira, 5. A paralisação, que teve início em abril deste ano, não atingiu o objetivo primordial: o de reajuste salarial. Isso porque a Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF) proíbe que mudanças sejam feitas nos últimos 180 dias de mandato.
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Ou seja, de acordo com o Sindicato Nacional dos Funcionários do Banco Central (Sinal), a assembleia resolveu encerrar a greve por conta do prazo legal para a ampliação de gastos com os servidores do órgão ter chegado ao fim. Além do aumento, a categoria reivindicava pela reestruturação de carreiras.
Apesar do encerramento da greve, o presidente do Sinal, Fabio Faiad, declarou que os servidores continuarão mobilizados por novas reinvindicações. Por meio de nota, o Fórum Nacional Permanente de Carreiras Típicas de Estado (Fonacate) declarou que o sentimento é de “indignação” em razão do congelamento salarial dos servidores por parte do governo.
2ª fase do dinheiro “esquecido” pode sair com o fim da greve?
No decorrer dos últimos três meses, houve atrasos em serviços de responsabilidade do BC. Um deles é o relatório Focus, que faz um compilado das projeções do mercado financeiro, bem como em relação às estatísticas de crédito, medindo mensalmente como anda a atividade econômica do país. Com a volta aos trabalhos, as novas atualizações serão feitas assim que possível.
O mesmo deve acontecer com o Sistema Valores a Receber (SVR), que possibilita a consulta do “dinheiro esquecido” em bancos pelos brasileiros. A segunda fase da ação estava prevista para o dia 2 de maio, porém, a paralisação dos servidores acabou atrasando o processo. Agora, a expectativa com o retorno às atividades é de que a reabertura para o acesso a essas quantias deixadas para trás seja anunciado o quanto antes.