O Governo Federal corre para conseguir pagar os benefícios da chamada PEC das Bondades ainda no mês de agosto. Entre as medidas previstas, está o auxílio para caminhoneiros e taxistas, além do aumento do Auxílio Brasil e do vale-gás. A emenda autoriza o estado de emergência, faltando pouco menos de três meses para as eleições.
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A PEC das Bondades tem sido criticada pela oposição. Além do impacto de R$ 41,2 bilhões no orçamento, as medidas sugeridas pelo governo são vistas como uma tentativa de melhorar a avaliação do presidente Jair Bolsonaro em ano de eleição à presidência.
PEC das Bondades
O fato é que, independentemente da intenção da equipe do governo, a PEC das Bondades deve beneficiar inúmeras famílias no momento, principalmente as de baixa renda que estão sofrendo para lidar com as mudanças econômicas.
Isso porque entre as medidas está o aumento do Auxílio Brasil de R$ 400 para R$ 600 mensais. Além do auxílio financeiro de mil reais para os caminhoneiros e um voucher para os taxistas, contudo o valor para esse último caso deve ser definido em breve.
A expectativa é que a PEC das Bondades também resulte na inclusão de mais 2 milhões de famílias no Auxílio Brasil, reduzindo as filas de espera. A previsão do Governo Federal é que isso aconteça já nos pagamentos de agosto.
Segundo o texto da PEC, só devem ser incluídas no próximo mês aquelas famílias que estão na fila até a data da promulgação. Sendo assim, quem entrar depois disso ainda ficará sem previsão de recebimento.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, tem destacado o cenário econômico mundial para justificar o estado de emergência decretado no país. Segundo ele, a situação no Brasil deve se agravar ainda pelas consequências da pandemia da COVID-19, mas agora também pela guerra na Ucrânia e a alta da inflação.
Por isso, de acordo com o ministro, é justificável a PEC das Bondades e a intenção do governo de aumentar os benefícios sociais, mesmo que em ano eleitoral.