A primeira parcela do Auxílio Brasil de R$ 600 será paga a cerca de 20,2 milhões de famílias de baixa renda até o dia 22 de agosto. Previsto para acabar em dezembro, o aumento no valor do benefício pode ser extendido para o próximo ano.
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Essa é a medida prevista na proposta de emenda constitucional (PEC) protocolada pelo deputado federal Christino Áureo (PL-RJ) na Câmara. Ele defende a transformação do benefício mínimo de R$ 600 em algo permanente.
O assunto já foi abordado pelo presidente Jair Bolsonaro, que disse anteriormente que conversar com o ministro da Economia, Paulo Guedes, para manter o aumento em 2023. O ex-presidente Lula, candidato na próxima eleição presidencial, também estaria preparando uma campanha para falar sobre o tema.
Christino Áureo segue colhendo assinaturas para que o documento comece a tramitar na Casa. Ele precisa do apoio de pelo menos 171 deputados.
Interesse eleitoreiro
O deputado, que é aliado de Bolsonaro, afirmou ao Valor Econômico que a prorrogação vem sendo analisada desde o início do trâmite da chamada PEC dos Benefícios. Segundo ele, não há qualquer intenção eleitoreira por trás da proposta.
“Quando a PEC (dos Benefícios) estava sendo apreciada, a oposição dizia que, se vencesse a eleição presidencial, tornaria o Auxílio Brasil permanente e dizia que o governo estava apostando em uma iniciativa eleitoreira ao elevar o valor do auxílio até dezembro. Por outro lado, a base do governo também dizia que desejava que o valor do auxílio em R$ 600 fosse mantido no próximo ano”, afirmou
Um dos problemas que dificulta a aprovação do projeto agora é o calendário do Legislativo, já que o Congresso deve cumprir apenas uma semana de esforço concentrado entre 29 de agosto e 2 de setembro. O primeiro turno das eleições está marcado para o dia 2 de outubro.