O Banco do Brasil se pronunciou sobre a concessão de crédito consignado para beneficiários do Auxílio Brasil. Segundo o presidente da instituição, Fausto Ribeiro, seus técnicos seguem avaliando as condições, prazos e riscos de uma possível oferta de empréstimos nessa modalidade.
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“Estamos buscando alternativas e se acharmos que devemos entrar, com condições satisfatórias de risco, certamente entraremos”, disse o executivo durante apresentação dos resultados do segundo trimestre.
Ainda de acordo com ele, não houve nenhum pedido por parte do governo federal para que o banco ofereça a linha de crédito. A previsão é que a Caixa Econômica Federal seja a primeira a entrar no consignado para Auxílio Brasil.
Consignado para BPC
Ribeiro confirmou que o acesso ao crédito será ampliado para beneficiários do Benefício de Prestação Continuada (BPC), pago pelo INSS. O presidente do BB é uma das autoridades que esteve presente na reunião entre Jair Bolsonaro e a Federação Brasileira dos Bancos (Febraban).
Na ocasião, o chefe do Executivo federal pediu aos banqueiros que reduzam os juros do consignado, em especial para quem recebe o BPC.
“O presidente pediu para todos os bancos olharem para esse público e que levassem consideração a vulnerabilidade dessas pessoas. Isso faz parte da nossa análise e a prestação (do consignado) tem que caber no bolso das pessoas para fazer sentido e trazer retorno aos nossos acionistas. Esta é a posição que será levada em consideração”, disse Ribeiro.
Bancos privados se negam
Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são alguns dos bancos que já anunciaram que não vão conceder crédito consignado para Auxílio Brasil. As instituições avaliam que a medida do governo põe em risco tanto elas mesmas, quanto a população de baixa renda.
Para presidente do Bradesco, Ocatavio de Lazari, o programa atende cidadãos que estão em situação de vulnerabilidade, ou seja, têm dificuldades financeiras. Comprometer parte de sua renda pode aumentar a inadimplência no país e deixar as famílias pobres e extremamente pobres ainda mais endividadas.