O segmento de carros usados apresentou uma alta considerável entre 2020 e 2021, com modelos chegando a custar 24% mais caro dependendo do ano de fabricação. Mas esse cenário prevê mudanças segundo da Federação Nacional dos Revendedores de Veículos (Fenauto).
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Para se ter uma ideia, apenas no intervalo de três meses, entre abril e junho deste ano, o preço dos veículos usados caiu 7,5%. Na prática, isso significa que quem comprou um veículo seminovo durante a alta pode se arrepender nos próximos meses, quando a bolha estourar e os preços desabarem.
3 razões para a queda nos preços dos carros usados
É possível elencar alguns fatores para estabelecer a queda nos preços de carros usados. O primeiro deles tem a ver com o retorno da produtividade de carros novos: não está mais tão complicado comprar um carro novo como há um ano, quando houve a falta de componentes e era preciso esperar até meses para conseguir um veículo zero-quilômetro.
Uma segunda questão tem a ver com a falta a queda do poder de compra da população, que fez muita gente desistir de comprar um carro, seja ele novo ou usado. Segundo um levantamento da Serasa e Opinion Box, após os dois anos mais intensos da pandemia, a renda da população caiu 34% que, associada a alta da inflação, provocou grandes estragos no bolso da população.
Por último, a gota d’água que pode derramar o balde dos altos preços de usados diz respeito à renovação das frotas das locadoras de veículos. A participação do setor na compra de automóveis novos aumentou em 32% em julho, o que pode resultar na venda dos usados por essas empresas com preços muito mais atrativos.
Resumindo: com um grande número de siminovos no mercado, é automática a queda nos preços, sobretudo quando colocada em cheque a lei da oferta e da procura.
