A Eletrobras foi privatizada em junho após anos perdendo relevância no setor. A gigante de energia elétrica voltou a ser comandada por Wilson Ferreira Júnior depois de mais de um ano longe do cargo de CEO, e agora a empresa parece estar prestes a atingir seu verdadeiro potencial.
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“Quis o destino que, findado o processo que ajudou a fundar as bases [para a privatização], Wilson Ferreira Jr retornasse ao cargo de CEO da companhia para ajudá-la a atingir seu potencial e, assim, destravar o que nos parece uma das maiores assimetrias entre risco e retorno existentes hoje na Bolsa”, avalia Ilan Arbetman, analista de research da Ativa Investimentos.
As ações extraordinárias da Eletrobras acumularam alta de 36,3% até 15 de setembro, segundo dados do TradeMap. Afinal de contas, é hora de investir na empresa?
Prós e contras
Segundo o especialista, a companhia poderá simplificar sua estrutura societária, reduzir custos e despesas, participar de mais leilões e adotar uma série de mudanças após sua capitalização.
“Ainda que possamos ter um período úmido mais favorável e, assim, menores preços de energia nos próximos meses, a experiência de Wilson Ferreira Júnior será fator essencial para a companhia conseguir monetizar seu potencial, especialmente a partir da descotização [mudança do regime de venda de energia] de suas usinas”, explica.
Os pontos positivos para a compra dos ativos são justamente esses:
- Enxugamento da estrutura societária;
- Ganho de eficiência;
- Captura de oportunidades.
Já os contras estão ligados ao passado da empresa, que têm empréstimos compulsórios e precisa lidar com a inadimplência da Amazonas Energia. Os três principais motivos para evitar os papeis da Eletrobras são:
- Ações judiciais e dívidas;
- Amarras ao crescimento devido à participação em grandes usinas;
- Risco hidrológico, como secas.