O funeral da rainha Elizabeth II terminou na última segunda-feira, 19, e os membros da família real se preparam para uma reestruturação no trono e nas finanças. Bilhões de reais em propriedades pertencentes à monarquia britânica vão trocar de dono.
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A fortuna inclui condados, ducados, terrenos, castelos, joias e bens de outros tipos que remontam a 1337. As propriedades reúnem escritórios em Londres, estádios esportivos, uma prisão e até o direito à exploração do solo oceânico do Reino Unido.
A maioria tem suas regras de sucessão definidas. O rei Charles III herda um percentual de renda da maior entidade de investimentos ligada à monarquia, o patrimônio da Coroa, e o Ducado de Lancaster. Esse último reúne £ 653 milhões (R$ 3,9 bilhões) em bens, como o Castelo de Lancaster e terras rurais.
Já William, seu primogênito, herda do pai o Ducado da Cornualha e o título de Príncipe de Gales, primeiro na linha de sucessão. Avaliado em £ 1 bilhão (R$ 6 bilhões), seu portfólio inclui a prisão de Dartmoor e estádio Oval de críquete de Londres.
Os ducados reais e o patrimônio da Coroa somam cerca de R$ 109 bilhões (cerca de £ 18,2 bilhões) em ativos e na última década valorizaram, em média, 70%, segundo dados da Bloomberg. O movimento reflete o alto preço dos terrenos na nação insular.
O patrimônio da Coroa foi estabelecido em 1760 e contam com cerca de £ 17 bilhões (R$ 102 bilhões) em ativos. Os mais famosos são a Regent Street, uma das ruas comerciais de Londres mais famosas e sofisticadas, e a loja de brinquedos Hamleys.
Jóias, arte e subsídio
Também passam para o novo monarca a propriedade das joias da Coroa e a Royal Art Collection, que não podem ser vendidas.
Charles III fica isento do imposto sucessório sobre a fortuna pessoal que receberá de sua mãe. O patrimônio líquido da rainha é de cerca de US$ 400 milhões (R$ 2 bilhões), incluindo a residência em Balmoral, na Escócia, onde faleceu.
Outra fonte de renda do novo rei é o subsídio soberano, que está estabelecido em £ 86,3 milhões (R$ 517 milhões) para março de 2023. O valor é usado, em sua maior parte, na manutenção de palácios reais e pagamento de funcionários.
“A verdadeira questão é se há de fato uma vantagem econômica para o Reino Unido, diante do custo de sustentar a família real”, diz David Haigh, chefe executivo da consultoria Brand Finance.