O botijão de gás de cozinha de 13 quilos subiu de R$ 111,91 para R$ 113,25 na última semana, mostra levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustível (ANP). O aumento de 1,2% não está em linha com o corte de 4,7% realizado pela Petrobras em suas refinarias.
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Essa foi a terceira semana seguida de alta nos preços do item, de acordo com a pesquisa. O valor já havia subido de R$ 111,57 para R$ 111,91 na semana anterior.
As vendas de botijões de 13 quilos tiveram queda de 4,5% no primeiro semestre deste ano na comparação com o mesmo período de 2021. A quantidade é menor do que a registrada antes da pandemia de covid, em 2019.
De acordo com a Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás (Abragás), os consumidores ainda não observaram a redução nos preços “devido ao aumento repassado pelas distribuidoras referente ao dissídio e custo outros custos operacionais do segmento”.
Por sua vez, o Sindigás afirmou que os valores estão sujeitos às oscilações do mercado. “É recomendado aos consumidores que façam sempre uma pesquisa antes de efetuar a compra, de forma a buscar a melhor combinação de oferta de serviço e preço sempre tendo em conta sua relação de confiança com sua marca e revenda de preferência”, recomendou.
Frustração
As altas seguidas no custo do gás de cozinha frustram o governo federal, que tenta usar a queda nos preços dos combustíveis para garantir a reeleição do presidente Jair Bolsonaro. Mesmo após a isenção dos tributos federais sobre o produto e outras ofensivas do Planalto, o consumidor continua pagando caro pelo item.
Enquanto isso, gasolina e diesel registraram queda de 32,1% e 9,6%, respectivamente, desde a última semana de junho. O etanol hidratado despencou 29,5% no mesmo período, mas o preço do botijão de 13 quilos segue variando em torno de R$ 112.