Considerado um dos grandes craques do futebol mundial, o nome de Neymar tem ocupado manchetes em todo o mundo por conta da possibilidade de o jogador acabar preso, impedindo que ele participe da Copa do Mundo do Catar 2022.
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Começou no dia 17 de outubro o julgamento do jogador brasileiro, que se viu no banco dos réus após acusações de fraude e corrupção durante sua transferência do Santos para o Barcelona, ocorrida em 2013. O craque se apresentou ao tribunal da Espanha, mas acabou liberado pelo juiz Manuel Del Amo Sanchez para retornar à Paris.
A próxima sessão tem data marcada para acontecer: dia 31 de outubro. Ao todo, são exatos 24 dias antes da estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo. Caso Neymar seja condenado à pena máxima, além do pagamento de multa, a lei espanhola também pode determinar dois anos de reclusão e inabilitação profissional.
Acusações de corrupção
O caso de Neymar teve início após denúncia feita pela empresa brasileira DIS, que detinha os direitos econômicos do atleta em 2013.
O jogador, seus pais, e os ex-presidentes do Barcelona, Rossel e Josep Bartomeu, estão sendo acusados de corrupção empresarial e por irregularidades no processo de transferência do atacante do Santos para o clube catalão. Além deles, o ex-presidente do Santos, Odílio Rodrigues Filho, também foi chamado para as sessões.
Em suma, a DIS acusa as partes por fraude no contrato para que a empresa recebesse um menor valor pelo acordo. Após investigações, a transferência, que supostamente teria custado 57,1 milhões de euros, pode ter sido na verdade de 83,3 milhões de euros.
A suspeita da justiça espanhola é de que a diferença do valor tenha sido diluída entre contratos paralelos que possam encobrir a fraude. A defesa nega todas as acusações.
Afinal, Neymar pode ser preso e ficar de fora da Copa?
Segundo a defesa do jogador do Paris Saint-Germain, não existe a possibilidade de que o jogador seja preso. Veja o que explica João Gameiro, advogado e mestre em direito penal pela USP:
”O ponto mais importante dessa conversa é justamente destacar o fato de que no Brasil o crime de corrupção privada ou corrupção entre particulares não existe. Portanto, nem Neymar Jr. e nem seus familiares poderiam ser processados no nosso país por essa acusação que ocorre na Espanha.”
Por outro lado, a lei espanhola entende que esse cenário, se constatada a irregularidade, é passível de pagamento de multa e pena máxima de reclusão e inabilitação profissional por até dois anos. A empresa responsável pela denúncia, a DIS, pede uma indenização de 25 milhões de euros.
Com o caso ainda cabendo recurso à Suprema Corte, um acordo entre as partes envolvidas é considerado algo improvável.