Ter uma renda mensal sem precisar se esforçar muito é o sonho da maior parte dos brasileiros. Para que tem essa possibilidade, investir todo mês valores a partir de R$ 1 mil é uma boa maneira de conquistar esse fruto tranquilo.
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Se você consegue aplicar entre R$ 1 mil e R$ 3 mil todo mês, existem diversas opções para diferentes objetivos, prazos e riscos. Seja como for, a dica é nunca deixar o dinheiro parado.
Mesmo sem assumir muitos riscos, o investir pode acumular mais de R$ 1 milhão em 20 anos com disciplina e constância. Quer saber como? Veja as dicas de consultores financeiros.
Renda fixa
Essa alternativa é a preferência de quem não quer correr risco de perder dinheiro, e por isso está disposto a garantir um rendimento menor. Enquanto as ações na Bolsa estão sujeitas a mudanças diárias, os títulos de renda fixa oferecem segurança ao investidor.
Nessa categoria, os mais indicados são o Tesouro Selic e os pós-fixados que acompanham as variações da inflação. Considerando o ciclo de juros do país, também é importante incluir na carteira títulos como o Tesouro IPCA+, que pagam a inflação mais um percentual pré-fixado.
Uma carteira conservadora como essa garante mais de R$ 8.000 em renda mensal, segundo Alexandre Brito, sócio e gestor da Finacap Investimentos. O cálculo considera um investimento mensal de R$ 3.000 por 30 anos, sendo 70% em pós-fixados, 15% em títulos que acompanham a inflação e 15% em renda variável.
Os mesmos R$ 3.000 aplicados por 10 anos seguindo o modelo mencionado geram uma renda de menos R$ 2.000, enquanto uma aplicação de R$ 1.000 por dez anos derruba a renda passiva mensal para R$ 598.
Fundo de previdência
Quem planeja investir para garantir uma aposentadoria pode optar pelos fundos de previdência privada. Um trabalhador que começa a investir R$ 3.000 por mês aos 35 anos, ao final de 30 anos terá construído um patrimônio de R$ 2,1 milhões.
O valor é suficiente para viver com renda de R$ 10,5 mil até os 95 anos, conforme cálculos de Alexandre Resende, planejador financeiro da Fiduc. O retorno considerado foi de 4,5% ao ano.
“O ideal é segurar o investimento por mais de dez anos para colher os benefícios fiscais”, explica Resende, referindo-se ao fato de que os fundos de previdência não têm antecipação de impostos.
Previdência privada
Our dúvida comum é qual previdência privada escolher: PGBL (Plano Gerador de Benefícios Livres) ou VGBL (Vida Gerador de Benefícios Livres)? Para quem faz declaração completa do Imposto de Renda, o PGBL vale mais a pena porque permite abater 12% da renda tributável.
Por outro lado, quem faz a declaração simplificada de IR pode optar pelo VGBL e potencializar a renda na aposentadoria alongando o prazo do investimento.
Renda variável
O investidor que não se importa em correr riscos para garantir um retorno mais alta pode apostar em renda variável. Segundo Alexandre Brito, a recomendação é de 30% da carteira dedicada a ativos como ações e fundos imobiliários para perfis moderados, e de 50% para perfis mais arrojados.
Os especialistas também recomendam que os títulos de renda fixa não fiquem de fora da carteira, já que amortecem o impacto em momentos de alta tensão nos mercados. Já os investimentos alternativos, como moedas virtuais, não devem ultrapassar 5% do patrimônio.