O presidente Jair Bolsonaro anunciou ontem, 4, que está acertando os detalhes para pagamento do 13º a mulheres beneficiárias do Auxílio Brasil. Já o empréstimo consignado para o público do programa deve sair na segunda quinzena de outubro.
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A boa notícia para o bolso dos brasileiros é a queda no preço da gasolina, que fechou setembro a R$ 5,33 o litro, nova redução mensal. No campo da política, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), sinalizou que vai avançar as conversas sobre as reformas administrativa e tributária.
Confira mais detalhes sobre esses assuntos nos destaques desta quarta-feira, 5.
Bolsonaro anuncia 13º do Auxílio Brasil
O presidente Jair Bolsonaro (PL) anunciou que já “está acertado” o 13º pagamento para beneficiários do Auxílio Brasil. O abono deve contemplar as famílias chefiadas por mulheres a partir de 2023.
“Já está acertado só para mulheres, são 17 milhões, a partir do ano que vem”, afirmou.
Segundo ele, a legislação eleitoral não permite que os repasses tenham início ainda neste ano. “Não dá até por ser ano eleitoral, não pode tratar desse assunto agora, é proibido pela lei eleitoral. A partir do ano que vem décimo terceiro para o Auxílio Brasil”, acrescentou.
O público do Auxílio Brasil tem sido um dos principais focos de Bolsonaro, que concorre a presidência contra Luiz Inácio Lula da Silva. A expectativa é de um segundo turno acirrado, e por isso o chefe do Executivo tem apostado em estratégias para garantir mais votos.
O presidente também voltou a dizer que manterá o Auxílio Brasil em R$ 600 no próximo ano. “Recursos, já sabemos de onde virão. Já garantido, temos fonte para buscar esse recurso”, concluiu.
Consignado do Auxílio Brasil deve sair na 2ª quinzena de outubro
Os empréstimos consignados para beneficiários do Auxílio Brasil devem ser liberados até a segunda quinzena de outubro pela Caixa Econômica Federal. O anúncio de que a novidade pode chegar ao mercado antes do segundo turno das eleições foi feito por Daniella Marques, a presidente do banco.
“Estamos nesses ajustes. A previsão é que aconteça a partir da segunda quinzena de outubro para atender à população mais vulnerável do Brasil”, disse Marques.
Nessa modalidade de crédito, o desconto da parcela é feito direto na folha de pagamento do benefício. O governo federal estabeleceu margem de 40% do valor do benefício básico do Auxílio Brasil, que é de R$ 400.
A taxa de juros cobrada pela Caixa ficará abaixo do teto criado pelo governo, que é de 3,5% ao mês, segundo a executiva. Já o prazo para pagamento da dívida será de até 24 meses, sem possibilidade de carência.
Apesar de mais de 60 instituições terem demonstrado interesse em ofertar o consignado, os grandes bancos do país não pretendem aderir à modalidade.
Lira se compromete com reforma administrativa
O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), anunciou que a Casa poderá analisar a reforma administrativa ainda neste ano. Em entrevista à Globonews, ele também afirmou que pode avançar a reforma tributária.
“Neste ano, ainda dá para discutir a reforma administrativa. A partir da próxima semana, a gente pode voltar ao andamento da tributária e instalação de CPIs, mas o que temos que discutir é uma boa regulamentação de empresas de pesquisa e de sua divulgação para não ter disparidade e, depois, todo mundo ficar se explicando”, disse.
Questionado sobre as emendas de relator, o chamado “orçamento secreto”, Lira afirmou que ele é municipalista e atende às demandas da população. Segundo ele, a ideia de que o Orçamento pertence ao Executivo é errônea.
“Vou falar muito de Orçamento, discutir de quem é a atribuição: você quer orçamento feito pelo relator, distribuindo pelos senadores e deputados ou a volta do mensalão ou aquela humilhação que o parlamentar leva um chá de cadeira de cinco horas de um ministro para pedir recurso? ”, questionou.
“Estamos avançando com relação à transparência. Essa crucificação do Orçamento, como ocorreu no primeiro turno, tenho certeza de que esse assunto será aclarado para a população”, completou.
Gasolina encerra setembro em queda
A gasolina terminou setembro com preço médio de R$ 5,33 no país, queda de 7,23% frente a agosto, mostra o último Índice de Preços Ticket Log (IPTL). Já o etanol recuou 10,98% em relação ao encerramento do mês anterior, chegando a R$ 4,41 por litro nos postos.
“Somadas, as reduções ocorridas desde julho para o preço da gasolina representam 18% de economia para os motoristas brasileiros. No comparativo com um ano atrás, a redução média no país para esse combustível chega a 15%”, explica Douglas Pina, Diretor-Geral de Mainstream da Divisão de Frota e Mobilidade da Edenred Brasil.
“Já o etanol, que vem apresentando queda no preço desde junho e já registra recuo acumulado de 26%, e de 18% em relação a setembro de 2021, de acordo com o último levantamento da Ticket Log”, completa.
No recorte por região, a gasolina mais barata está no Sul, onde o preço médio foi de R$ 5,05. O etanol mais em conta está no Centro-Oeste, onde o litro custa em média R$ 3,71.
Analisando os dados por estado, o Rio Grande Sul foi o grande campeão de queda, com a gasolina a R$ 4,93 o litro. Já o Mato Grosso subiu ao pódio de etanol mais barato após queda de 15,19%, para R$ 3,37 o litro.