A Agência Nacional de Petróleo (ANP) divulgou em seu último levantamento um aumento médio de 1,5% no preço da gasolina vendida nos postos do Brasil. A subida pegou muita gente de surpresa, considerando que a Petrobras não anunciou nenhum reajuste no valor do combustível recentemente.
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De acordo com a pesquisa, na semana de 2 a 8 de outubro, o preço médio do litro registrado pela ANP foi de R$ 4,79. No entanto, o mais novo documento da agência aponta para uma alta de R$ 0,07 no preço do produto que, na semana de 9 a 15 de outubro, passou a custar R$ 4,86.
Os dados da ANP são divulgados uma vez a cada sete dias. O fato que chama a atenção neste último relatório é o aumento no preço da gasolina após 15 semanas consecutivas de quedas.
Porque a gasolina aumentou mesmo sem reajustes pela Petrobras?
Na avaliação de especialistas, a explicação para o aumento no preço da gasolina registrado pela ANP se dá diante da volatilidade do preço do petróleo no mercado internacional, assim como no repasse de preços pelas refinarias privadas e postos de combustíveis.
“Diante da volatilidade do valor petróleo, ficando acima de 90 dólares, no mercado internacional, algumas refinarias privadas já estão repassando os preços às distribuidoras, que também repassam para os postos onde os motoristas abastecem o veículo”, explica Cesar Bergo, economista e professor da Universidade de Brasília (UnB).
O que explica o aumento no preço do petróleo?
Em suma, uma esteira de fatores pode esclarecer o caso de volatilidade do petróleo brent, usado na produção de gasolina, no mercado internacional.
Um deles está relacionado ao corte na produção da commodity pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep). A entidade explica que a suspensão foi necessária para evitar um colapso na economia a nível mundial.